Francesco Farioli, treinador do FC Porto - Foto: Catarina Morais/Kapta+
Francesco Farioli, treinador do FC Porto - Foto: Catarina Morais/Kapta+ - Foto: IMAGO

Farioli lembra Ajax : «Colapso na Eredivisie tirou o meu número das agendas...»

Treinador italiano revelou que teve sondagens de clubes da Premier League, Serie A e Arábia Saudita, mas tudo mudou com a perda do título

Francesco Farioli, treinador do FC Porto, revelou, em entrevista ao Corriere della Sera, que recebeu muitas sondagens de clubes da Premier League, Serie A e até da Arábia Saudita, mas o final desastroso no Ajax, que falhou a conquista do campeonato depois de ter uma vantagem confortável, mudou tudo. 

«No início de abril, o Ajax liderava a Eredivisie com nove pontos de vantagem sobre o PSV. Parece feito. O telemóvel não parava de tocar. Poderia escolher entre a Premier League, Serie A, LaLiga, até Arábia Saudita. Um mês depois, o colapso na Eredivisie tirou o meu número das agendas deles. Alguns clubes pequenos na Itália fizeram abordagens, mas nada de concreto», revelou, falando sobre a licenciatura em Filosofia na Universidade de Florença. 

«A cultura do Ajax é mais fria, uma religião. A cultura do FC Porto é quase carnal: sacrifício, carrinhos, adeptos ao rubro», referiu, admitindo que pensou em criar um partido político quando era mais jovem. 

«No final do Ensino Médio. Cheguei a pensar no nome. Direzione Futuro, todos juntos pelo bem comum. No entanto, na provável eventualidade de um consenso inicial limitado, teria que ceder, perdendo assim o impulso inicial», apontou. 

Farioli começou por ser treinador de guarda-redes com De Zerbi, adjunto na Turquia, passando depois a técnico principal.  

«Aos 22 anos, o treinador me disse: ‘És um guarda-redes mau demais para continuar, mas acho que poderias continuar no futebol noutra função'. Seria bom poder amaldiçoar uma lesão, como outros que começaram cedo, como Tuchel e Nagelsmann. Mas não foi o caso: sempre estive bem. No entanto, a ideia de ser treinador conquistou-me rapidamente e sou bom a aprender. Aprendi com cada experiência», atirou.