Edu Sousa recorda a chegada à Seleção: «Quando vi Jorge Braz na bancada foi chocante»
- Cumpriu toda a carreira em Espanha e era visto como um desconhecido em Portugal. Como começou tão cedo em Espanha e não em Portugal?
É algo de que já tinha falado há muito tempo, foi por assuntos familiares que tive de ir para a Espanha - os meus pais divorciaram-se, cada um seguiu o caminho dele e eu fui para lá, foi lá que comecei a minha formação e fi-la toda a jogar futebol, só depois troquei para o futsal.
- Acaba por estar mais fora da órbita do adepto português e, graças à base de dados da FPF, esta deteta-o a partir do momento em que passou a disputar uma competição de alto nível como a Liga Espanhola. Quando pensou que o telefone poderia tocar e chegar à Seleção Nacional?
Para mim foi uma surpresa. Ainda me lembro, foi num jogo de pré-época, acho que no meu segundo ano na Liga espanhola. Do nada, acabei o jogo e vi o mister Braz na bancada. Não estava à espera, o meu treinador também não me tinha dito nada e queria que fosse surpresa, que eu não ficasse nervoso, e quando vi o mister na bancada foi chocante, nunca pensei que acontecesse.
Foi aí que me apercebi de que o mister Braz já estava há mais de um ano atrás de mim, a ver o meu percurso, como eu era e também a ter informação de vários colegas e treinadores para saber como eu era, e percebi que o meu sonho estava quase a ser realizado.
- Esse esforço do selecionador em contar consigo motivou-o a cá estar?
Sem dúvida. Quando uma pessoa faz tantos quilómetros só para ver um jogo é maravilhoso e impossível eu não dar 100% para estar aqui. Sempre o disse, é um orgulho e um sonho estar na Seleção, foi muito difícil para mim aparecer no radar e isso deixa-me cheio de vontade, de querer trabalhar mais para continuar a estar aqui, porque algo que ainda não quero largar ainda, acho que ainda tenho muitos anos pela frente e quero continuar a fazer o meu trabalho no meu clube e na liga em que estou para continuar a ser chamado pelo mister Braz.