«Deixei o Man. United após ter tido um esgotamento à frente da minha mulher»
Ben Foster, antigo guarda-redes que representou o Manchester United de Alex Ferguson entre 2005 e 2010, abriu o livro sobre os problemas psicológicos que sentiu durante a sua permanência em Old Trafford, onde viveu na sombra de Edwin van der Sar.
«O meu foco era olhar para estas lendas», afirmou o antigo jogador, de 41 anos. «Estão habituados a jogar com Edwin van der Sar, Tim Howard, Peter Schmeichel e guarda-redes a sério. Agora têm o Ben Foster, de Lillington, atrás deles», recordou no seu podcast Fozcast.
«Não contei a ninguém, salvo à minha mulher, no final. Lembro-me de ter tido um grande esgotamento e ter dito: 'Não consigo fazer isto. Preciso de sair deste clube e preciso de fugir dele», contou o antigo jogador, que partilhou balneário dos red devils com Nani e Cristiano Ronaldo.
«O clube sabia que eu estava com dificuldades. Conseguiam vê-lo fisicamente, emocionalmente e pelo meu comportamento lá. Simplesmente não estava a funcionar e era o sítio errado à hora errada», notou.
«Quando estava no United, costumava ir para os jogos a pensar: 'não cometas um erro'. Pensava nisso durante todo o jogo, mas depois começas a tentar manter as coisas seguras, o que significa que não tens oportunidade de mostrar as tuas capacidades e competências», prosseguiu.
Antigo internacional inglês por oito ocasiões, Ben Foster admitiu que não aguentou a pressão e, depois de uma estadia de cinco épocas em Manchester (23 jogos realizados), com dois empréstimos ao Watford incluídos, saiu para o Birmingham City. A afirmação chegou com a conquista da Taça da Liga, ingresso no West Bromwich e regresso ao Watford.
Após anúncio de reforma em 2022, regressaria ao ativo em março de 2023 para ajudar o Wrexham a ser campeão, no País de Gales. Superação após as dificuldades: «Acabou por correr bem para toda a gente, na verdade aprendi com essas experiências. Muitas pessoas ficam sufocadas por isso, e a lutar contra isso, o que pode ter um impacto muito grande no resto da vida delas.»
«Nunca mais tive esses sentimentos tão profundos, porque a partir do momento em que se entra neles é muito difícil sair», sublinhou.
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