Dalot: «Manchester United encontra sempre uma forma de voltar ao topo»
Diogo Dalot está no Manchester United desde 2018, altura em que deixou o FC Porto, mas esta foi a primeira temporada em que venceu o Liverpool em Anfield (2-1). Uma vitória importante, não só pela rivalidade, mas pelo facto de ter sido a primeira vez na era de Ruben Amorim em que somaram duas vitórias consecutivas na Premier League, algo que deixou o defesa confiante em ultrapassar este mau momento.
«Estou sempre positivo. Estou aqui já há muito tempo, tivemos altos e baixos, a única coisa que tenho 100% de certeza é que este clube encontra sempre uma forma de voltar ao topo. Não estamos no nível que o clube devia estar, lutar pela Premier League, Champions League, estivemos em muitos baixos, mas encontramos sempre uma forma de voltar a subir e lutar para ganhar jogos outra vez. E acho que desta vez não vai ser diferente, a única coisa que posso garantir é que vou fazer tudo para estar lá, para ser melhor, para tentar ganhar jogos, para tentar colocar os meus colegas numa boa posição. E tenho a certeza de que vai chegar o momento em que as coisas vão estar novamente na direção certa e vamos estar de volta ao caminho certo. Esse é o único objetivo que eu tenho todas as vezes que chego a Carrington e estou muito positivo de que isso irá acontecer», começou por dizer, em entrevista ao clube, afirmando que já se sente em casa em Inglaterra.
«A 100%. Acho que a cidade é a minha casa. Já disse isso algumas vezes, que sempre que venho para cá sinto que estou realmente em casa. É normal quando se está aqui há muito tempo, esse vínculo que criei com a cidade, com os adeptos e com o clube. Sinto-me em casa e acho que não há sensação melhor do que quando se vem aqui e se sente em casa», disse, admitindo que são privilegiados por terem as instalações que têm.
«É bom. Carrington está a tornar-se um pouco mais como a nossa segunda casa e é assim que deve ser. Os jogadores e a equipa técnica querem ficar por aqui um pouco mais. É importante porque, além das nossas famílias, este é o nosso segundo lar. E se nos sentimos bem no nosso local de trabalho, temos um melhor desempenho, mas isso é algo que tem de acontecer naturalmente. É algo que vem de dentro de ti, todos os dias, vires aqui e olhares para estas instalações como algo que não deve ser dado como garantido, porque é um privilégio ter instalações com esta qualidade. Acho que temos tudo aqui para ter um bom desempenho. Devemos encontrar essa forma de [dizer] ‘tudo bem, temos tudo o que precisamos para ganhar o jogo, então só temos que ganhar os jogos’», afirmou, admitindo que já é um dos líderes do grupo.
«Obviamente, foi algo que não foi forçado, mas sim uma consequência do que eu estava a fazer e do que os meus colegas estavam a fazer. Ao mesmo tempo, dá-me mais responsabilidade e aos outros para tentar tirar um pouco do peso do treinador, do capitão, tentar ajudá-los nas formas que pudermos. Melhorar a equipa e o objetivo de ter líderes é esse. Sou um pouco ambos, tento dar energia aos meus colegas, seja por ações ou palavras, depende da altura, tento encontrar os melhores momentos para fazer isso. Tento liderar por ações e o exemplo do que faço no dia a dia, tentar aprender também com eles», explicou, afirmando que é uma grande diferença não jogar de três em três dias (não há competições europeias).
«Sim, gosto de ter a minha rotina, preparo-me bem e quando o treino começa, estou pronto. Mudamos um pouco a rotina quando jogamos de três em três jogos, praticamente nem treinas, só recuperas e jogas. Agora, com o treino, as rotinas mudam, a forma como preparas a semana é diferente, portanto foi um pouco diferente da última época, porque estava com esse ritmo. Mas, de fora, se reduzes a quantidade de jogos, deves estar fisicamente mais disponível, portanto é essa rotina que temos de encontrar para estarmos física e mentalmente prontos para o fim de semana», justificou, lembrando a mudança de número no início da época.
«Foi esse o meu número favorito, quando cheguei era do Lindelof e representou-o bem. Escolhi o 20, porque ele tinha o 2 e porque tinha quase 20 anos. Também pelas 20 vezes que o United ganhou, mas esta época senti que era um sinal de mudar e o meu objetivo é ganhar muitas coisas com esse número. Espero conseguir», atirou, colocando o foco no Brighton, o próximo adversário, e em Old Trafford, procurando uma terceira vitória seguida.
«É uma das equipas contra as quais mais joguei. Eles têm estado muito bem nas últimas duas temporadas, jogando um bom futebol. Por isso, não espero nada menos do que isso. Estou ansioso pelo jogo. São estes tipos de jogos que nos desafiam e nos levam ainda mais longe», finalizou.