«Cheguei a 2.º cinturão castanho no karaté» 

O treinador do Casa Pia, Filipe Martins, deu uma entrevista a A BOLA, na qual explora um pouco o seu lado mais pessoal e faz revelações curiosas:

- É sério ou brincalhão?
- Tenho dias. Normalmente sou uma pessoa muito bem-disposta, mas também há uns em que venho com a bolha. Mas na maioria dos dias sou fácil de lidar e tenho os meus momentos de brincalhão também.

- Casa ou rua?
- Sou muito caseiro. Tento ir almoçar fora, uma vez por semana, com amigos, mas o meu foco é muito estar em casa. Divirto-me, mas não sou muito de grandes festas. Gosto do meu cantinho, tranquilo.

- Gosta de cozinhar?
- Não! [risos] Só se for ao fogareiro. Até aqui no Casa Pia, nos churrascos, aí cozinho, sim. Sempre fiz campismo e gosto. De resto, só um arrozinho, um ovo estrelado, esparguete, um bife grelhado. O básico.

- E que prato não dispensa?
- Panados e bacalhau.

- Sonhador ou pés assentes?
- Às vezes dou por mim a sonhar. Todos sonhamos. Engano-me no caminho no carro… é sinal de que estou a sonhar acordado. Faz bem sonhar.

- Gosta de dar entrevistas?
- Gosto. Sobretudo porque gosto de ver e ler entrevistas. E acredito que haja quem queira ou goste de me ouvir falar. Porque não? Sou transparente. O que digo é o espelho do que sou.

- Se não fosse treinador o que seria?
- Sempre fui muito eclético. Fiz ténis de mesa no Estrela, cheguei a 2.º cinturão castanho no karaté, também pratiquei kickboxing. Sempre gostei de desporto e a primeira profissão que me veio à cabeça foi ser professor de Educação Física. Seria por aí, mas o futebol ganhou.

- Acredita em Deus?
- Sim, muito.

- Quem são os seus heróis?
- O meu pai.

- Tem medos?
- Tinha, o de perder o meu pai. Infelizmente, já não o tenho.


- Se pudesse o que mudaria no Mundo?
- Não entendo como é que se gasta tanto dinheiro em armamento, em guerras e há tantas pessoas no Mundo a morrer à fome. Não faz sentido crianças morrerem à fome. Mudava isso! E ontem já era tarde.