Carlos Carvalhal: «Vitória? Saiu muito do cabedal dos jogadores e dos nossos neurónios»
A equipa está inegavelmente no melhor momento da temporada e voltou a ter a ficha limpa. Ao SC Braga faltou apenas o golo da tranquilidade nesta partida?
- Sim, concordo. Tivemos uma entrada fortíssima e aos 4 minutos eu já tinha contabilizado três oportunidades flagrantes de golo. Podíamos ter marcado logo a abrir. Depois, com o resultado em 1-0, é sempre aquela situação de os jogadores ficarem a meio, no sentido de quererem fazer o segundo golo, mas também com alguma ânsia para não sofrermos. E como o segundo golo não apareceu, a nossa equipa não se conseguiu libertar para um jogo mais fluído. Mas, acima de tudo, e tal como eu tenho pedido, os meus jogadores interpretaram tudo o que aconteceu no jogo. Vi situações de pressão muito fortes no início, vi depois um esboço de uma ou duas situações do Nacional, mas nós recolhemos todos atrás, defendendo como equipa. Tal como voltámos a atacar como equipa e assim aconteceu passados cinco minutos. Funcionámos muito bem, tanto a defender como a atacar, e isso para mim é extramente satisfatório. A atitude também foi importante, com muita vontade de ganhar, de correr, e com muita juventude com pelo na venta. Essa irreverência também é boa. Não foi um jogo brilhante, mas vencemos, que era o mais importante.
Que importância tem esta vitória antes de mais um jogo importante, desta vez para a Taça de Portugal, no Estádio da Luz?
- Acontecesse o que acontecesse, este jogo não tinha nada a ver com o de quarta-feira [frente ao Benfica]. Será um jogo com caraterísticas diferentes, é para a Taça de Portugal. Será a partida mais importante porque é a próxima. É assim que temos levado a época toda e vamos continuar. Estamos satisfeitos, voltámos a não sofrer golos e estamos com uma sequência de vitórias significativa, seis em sete. Relembro que neste percurso fomos à Luz e a Guimarães e apenas perdemos dois pontos ao longo deste mesmo percurso de sete jogos. Não tem sido nada fácil, tal como não foi hoje, uma vez que saiu muito do cabedal dos jogadores [risos] e dos nossos neurónios.