Bernardo Paçó: «Benedito e Guitta foram uma escola para mim»
-Joga no Sporting, que tem grande tradição de guarda-redes, podendo destacar-se João Benedito que foi um histórico e, mais recentemente, Guitta, ainda hoje um dos melhores guarda-redes da modalidade. Jogar no Sporting é, por si só, uma escola?
Sim, acho que os dois foram uma grande escola para mim. O João Benedito, mais como inspiração, o Guitta mais como um exemplo de ter trabalhado com ele e ter-me dado quase tudo o que sou hoje, muitas bases que me ensinou, de olhar para ele e aprender coisas que antes não via em nenhum guarda-redes em Portugal.
Para mim, o Guitta foi o melhor guarda-redes que passou em Portugal e o melhor do futsal até hoje, e ter o privilégio de ter trabalhado com ele ajudou-me bastante e cresci muito.
Não tive a experiência que o André Correia teve, de ir para fora jogar noutros clubes e ganhar essa rotina de jogos, sempre muito precisa. Tive de fazer um caminho mais à base dos treinos, de ir buscar coisas aos poucos jogos que ia fazendo e eu fui buscar muitas coisas ao Guitta que foi essencial para ser o que sou hoje.
-É muito conhecido por também ter a capacidade de jogar com os pés e no último jogo que realizou pela seleção até marcou, aos Países Baixos, e esta época até já soma um golo, pois marcou na Supertaça, ao Benfica. É uma faceta que sempre demonstrou?
Sim. Uma das minhas particularidades é poder ajudar a equipa a sair de pressão com os pés, criar essa mini vantagem que temos no jogo, sempre o fiz. É uma vantagem que tenho, mas que passa muito mais do que só marcar golos, é para criar vantagens para os outros que realmente são bons a marcá-los.
- Ter um guarda-redes com essa particularidade pode trazer-lhe vantagem no momento de o mister decidir entre os três, pois só dois podem ir ao Europeu?
Não acredito que seja por aí, porque acho que os três já o fazemos… acho que nunca será por aí a decisão final do míster.