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Benfica supera FC Porto no clássico e lidera campeonato invicto

FC Porto conseguiu crescer no 2.º tempo e fazer com que as águias sofressem os dois primeiros golos da competição em 2025/26, mas quando tentava, desesperadamente, a igualdade depois de ter equilibrado a partida, sofreu o tento que resolveu o 252.º clássico entre os dois clubes a 33s do apito final

Mesmo tendo sofrido um pouco na 2.ª parte após, taticamente ter optado por baixar a sua defesa até então mais subida e ativa, que tanto complicára a vida e os espaços de remate ao FC Porto até ao intervalo (3-0), o Benfica venceu o clássico que marcou o encerramento da 3.ª jornada do Campeonato Placard por 4-2.

Desfecho que coloca as águias isoladas na liderança só com vitórias, ainda que Sporting (2-1-0) e Sanjoanense (0-3-0) não tenham perdido até ao momento.

Por outro lado, tendo em conta que no arranque da prova haviam batido o Barcelos por 5-3, mas depois perdido face ao Turquel por 4-3, os bicampeões nacionais registaram, pela primeira vez desde 2008/09, dois desaires no campeonato. Que serão três na época se contarmos com a final da Taça Intercontinental frente ao Barcelos (4-3).

Depois da forma como havia vindo a apresentar-se na temporada, quando levou de vencida todas as três partidas para a conquista da Elite Cup, e triunfos contra Turquel (5-0) e Valongo (0-3), havia alguma expectativa de como Edu Castro ira planear o confronto frente aos dragões. Surgiu sem receio.

Dominador na posse da bola, com intensidade no ataque e sucessivos remates nos primeiros minutos, foi sem surpresa que os donos da casa abriram o marcador através de um penálti de Zé Miranda (9’). Vantagem que espicaçou o adversário e equilibrou as oportunidades para cada lado e trouxe mais trabalho de Conti Acevedo e Xavi Malián nas balizas.

No entanto, 6m mais tarde, um ataque rápido de Miranda pelo corredor direito e a consequente assistência para a área, faz a bola bater em Pol Manrubia, ao que, sem perder tempo, Gonçalo Pinto (15’), rápido a reagir, fez o marcador funcionar novamente.

Mais colectivo na construção de jogada na procura do espaço para a assistência ou remate de fora, foi uma vez mais pela direita e em velocidade que Vítor Oliveira (20’) disparou com força e quase sem ângulo para ultrapassar Malián pela terceira vez. Face à diferença, à ida para o balneário recordou-se o desfecho da última ocasião que as duas equipas se haviam defrontado na Luz, à 20.ª jornada de 2024/25, e que acabara com um escandaloso 6-0.

Mas não passou de uma mera recordação. Os encarnados mudaram de tática no 2.º tempo e passaram a defender mais recuados, permitindo espaço para a criação dos nortenhos. Estes agradeceram e, logo aos 30’, Hélder Nunes reduziu para 3-1, rematando na zona central e após terem permitido que ficasse sozinho defronte a Acevedo.

Mais do que nunca, a partida equilibrou-se, cada conjunto desperdiçou um livre directo e os lisboetas um penálti e dois momentos de power play, até que os azuis e brancos reduziram a diferença a um (3-2) após num penálti de Gonçalo Alves (45’).

Sem nada a perder e com o Benfica a gerir a posse de bola nos derradeiros 3m, chegado em várias ocasiões por não seguir em direcção à baliza, a um minuto do fim, Paulo Freitas tirou Malián e colocou José Costa para tirar proveito da superioridade numérica no ataque. Porém, a equipa cometeu o pecado mortal de fazer um turnover e, sem perder tempo, Nil Roca, ele que tanto tentara chegar ao golo, atirou ainda na sua meia pista para a baliza deserta, a 33s do apito final, para selar a 90.ª vitória das águias no historial de 252 clássicos (90 V-49 E-113 D) e manter a invencibilidade.