Cristóvão Carvalho, candidato à presidência do Benfica
Cristóvão Carvalho, candidato à presidência do Benfica. Foto: Breno Barison

Benfica: Cristóvão Carvalho atira-se a Rui Costa

Candidato à presidência dos encarnados acusa atual presidente de falhar na proteção dos interesses do clube no processo de centralização dos direitos televisivos

Cristóvão Carvalho, candidato à presidência do Benfica, acusa Rui Costa e a administração da SAD de «falharem na proteção dos interesses do Benfica», por terem abandonado o processo de centralização dos direitos audiovisoais. O advogado reagiu ao anúncio de que Liga entregou, esta quarta-feira, a proposta de modelo de comercialização centralizada dos direitos audiovisuais à Autoridade da Concorrência.

O candidato pede que o Benfica exija a suspensão imediata da tramitação da proposta da Liga até o clube voltar formalmente ao processo, a publicação integral dos critérios da distribuição e dos estudos de mercado que sustentam a proposta e um debate entre os clubes.

O comunicado de Cristávão Carvalho

No passado dia 9 de julho, deixei claro que «ficar de fora não é opção» e que o Sport Lisboa e Benfica tinha de liderar o processo de centralização dos direitos audiovisuais. Hoje, passadas apenas três semanas, a Liga Portugal entrega o modelo onze meses antes do prazo, à revelia do maior clube do país. Infelizmente, confirmou-se o alerta que então deixei: quando o Benfica abandona a mesa, outros avançam sem escrutínio nem oposição.

1. Este avanço precipitado era previsível. Rui Costa optou por suspender a participação do Benfica; a Liga Centralização aproveitou o vazio e atropelou o calendário, celebrando uma falsa «eficiência» que disfarça a ausência do principal motor de audiências do futebol português.

2. Um processo construído sem a nossa voz perde valor e legitimidade. O resultado será um modelo desequilibrado, que penaliza o Benfica e empobrece o futebol nacional.

3. Reafirmo o que disse no dia 9 de julho: o Benfica deve colocar-se na dianteira, ditar o ritmo e garantir que recebe aquilo que corresponde à sua grandeza. Só a nossa presença ativa assegura transparência, equilíbrio competitivo e a máxima valorização dos direitos.

4. O Sport Lisboa e Benfica deve, por isso, exigir:
– a suspensão imediata da tramitação desta proposta até o clube regressar formalmente ao processo;
– a publicação integral dos critérios de distribuição e dos estudos de mercado que sustentam a proposta;
– um debate sério entre todos os clubes, dentro do calendário previsto na lei.

5. Rui Costa e a administração da SAD falharam na proteção dos interesses do Benfica ao abandonar as negociações, demonstrando, uma vez mais, falta de preparação para estas funções. É tempo de corrigir o erro: reconduzir o Benfica ao centro das decisões, liderar a discussão e garantir que nenhum passo definitivo é dado sem o nosso aval.

O Sport Lisboa e Benfica não pode ser espectador do seu próprio futuro. Cumprirei o compromisso assumido: defender o clube com firmeza, devolver-lhe a voz que merece e assegurar que a centralização dos direitos televisivos seja feita com o Benfica a liderar, nunca a reboque de decisões alheias.

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