Bebeto lembra Taça, descida, subida e «grande golo» ao FC Porto B: «Foi o vento!»

Bebeto, lateral-direito que cumpre a sexta época ao serviço do Tondela, passou em revista os momentos mais marcantes da carreira, desde a surpresa aquando chegou o convite para rumar a Portugal pela porta do Marítimo, em 2017/18, às emoções vividas no emblema beirão, que representa desde 2020/21.

«Estava numa equipa da terceira liga do Brasil e recebi um convite. Não acreditava que ia acontecer, eu estava na terceira divisão do Brasil, não quer dizer que não haja qualidade, mas vir para a primeira liga... pensei até que era brincadeira dele. Quando vi que as coisas podiam acontecer, disse 'É para lá que quero ir'. E tive essa oportunidade de realizar um sonho. Fico agradecido ao Marítimo por me abrir a porta. Estou aqui até hoje e muito feliz», começou por recordar na estreia da rubrica Tondela à Mesa, em que um jogador responde às perguntas de um adepto do clube enquanto desfrutam de uma refeição.

Seguiu-se o Tondela e o defesa de 35 anos não tem dúvidas: «Não pensei duas vezes em vir para cá. Foi das melhores escolhas da minha vida. Houve altos e baixos. Tivemos momentos bons, momentos ruins. Mas, a vida é assim, no Tondela não foi diferente. Houve um ano que foi muito bom.  No outro, caímos para a segunda liga. Foi muito duro para mim. Para todos que estavam aqui, também foi muito duro. Foram dias difíceis.»

E destacou três momentos marcantes nos tondelenses, um deles no Jamor, frente ao FC Porto, em maio de 2022 (1-3). «O primeiro foi chegar à final da Taça de Portugal. Foi um dia marcante para nós jogadores e para todos os que amam o Tondela, era um sonho de todos. Primeiro caímos de divisão, depois fomos para a Taça. Foi um dia muito difícil. Mas tínhamos de jogar um jogo muito importante. E o terceiro foi subir de divisão com o Tondela. Foi uma semana cheia de dúvidas, mas no final deu certo», recordou.

Elegendo Luís Pinto como o treinador que mais o marcou, Bebeto foi confrontado com o golo ao FC Porto B (2-2), na Liga 2, na época passada, quando estava sob o comando do atual técnico do Vitória de Guimarães. «Um grande golo, hein? Que grande golo. Foi o vento. O vento ajudou-me. Estava um vento… Um dizia 'Toca', o outro dizia 'Chuta' e eu chutei. O vento ajudou-me», brincou.

Quanto ao presente, mostra-se otimista, apesar do arranque em falso, sem vitórias — «Não começámos como queríamos. Sabíamos que íamos ter jogos difíceis, que a competição é mais complicada, mas acho que vamos ter um futuro muito bom para todos. Acho que vamos conseguir o objetivo de todos, a permanência (...) O meu objetivo desta temporada é manter o Tondela na primeira liga» —, e sobre o futuro, brinca: «Tenho dois filhos. Um joga no Tondela Sub-7. Tomara que jogue melhor que o pai, se for assim já está bom.»