Árbitros recebidos com «carácter de urgência» pela FPF
A direção da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), representada pelo presidente José Borges e o vice-presidente Nuno Silva, foi recebida, «com carácter de urgência», na última sexta-feira, por Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
«Em cima da mesa esteve a discussão do ambiente vivido atualmente no futebol profissional em Portugal, com o aumento do número de episódios de pressão sobre os árbitros, assim como o aumento do sentimento de impunidade existente em quem tem responsabilidades no futebol português - mas que continua a optar por um discurso atentatório da dignidade dos árbitros», pode ler-se, em nota divulgada pela APAF.
«Na reunião, a APAF manifestou a intenção de apresentar um conjunto de medidas que os árbitros portugueses pretendem ver implementadas no Regulamento Disciplinar das competições profissionais», acrescenta-se.
No encontro estiveram ainda Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF e Rui Caeiro, diretor da FPF.
A 11.ª jornada da Liga, já depois da reunião, ficou marcada por polémica, com críticas à arbitragem, com destaque para o Santa Clara-Sporting, devido ao lance que originou o 2-1 para a equipa leonina, e Benfica-Casa Pia. Na receção das águias aos gansos, tanto José Mourinho como Rui Costa apontaram o dedo à equipa de arbitragem e ao VAR. Em causa a grande penalidade assinalada a favor do Casa Pia.
Nesta ronda - a 11.ª -, da I Liga e Liga 2, os árbitros levaram a cabo um protesto, com o apoio da APAF, com o objetivo de reivindicar o agravamento de sanções disciplinares e combater o sentimento de impunidade. As equipas de arbitragem entraram em campo sozinhas, antes dos jogadores, e sem levar a bola de jogo colocada à entrada do relvado, como habitualmente. Nos últimos dias, deu também que falar a alegada tentativa de pressão denunciada por Fábio Veríssimo no relatório do jogo entre o FC Porto e o SC Braga, da 10.ª jornada do campeonato.
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