A reviravolta estava já ali mas o Manchester United perdeu mesmo com o Brentford
Uma equipa muito rodada quase conseguiu reagir, mas o Manchester United, de Ruben Amorim, acabou mesmo por perder 3-4 frente ao Brentford.
Ruben Amorim havia prometido alterações e não mentiu. Exceto Ugarte, Garnacho e Dorgu, todos os jogadores no onze foram alterados. Bruno Fernandes foi um dos repousados, para uma partida em que o técnico português esperava sofrer. E sofreu mesmo, porque Thomas Frank não fez o mesmo: manteve a equipa-base de sucesso e, desde o primeiro minuto, começou a pressionar e a controlar no Community Stadium.
Luke Shaw, titular no eixo defensivo, demorou apenas 3 minutos a quase marcar na própria baliza, depois de descoordenação com Bayindir, guarda-redes de serviço. Contudo, e apesar do jogo ser dominado pelos bees, foi mesmo o Man. United a marcar, no único remate enquadrado que fez no primeiro tempo: aos 14', Garnacho cruzou e Mason Mount, à ponta de lança, fez o 1-0.
O golo levou a que, num primeiro momento, o Brentford não conseguisse criar perigo, mas cedo reagiu a equipa da casa e, em seis minutos, deu a volta ao resultado: Luke Shaw desviou para a baliza aos 27' e, aos 33', Schade cabeceou para fazer o 2-1. Mais dois remates para grandes defesas de Bayindir, ambos de cabeça, levavam a partida para o intervalo com 2-1, justo para aquilo que havia acontecido em campo.
Com algumas alterações ao intervalo (entraram Yoro e Diallo, além de Maguire, que substituiu o lesionado De Ligt), a equipa do Manchester United conseguiu equilibrar mais a partida, com Mason Mount a criar perigo na baliza de Flekken e Diallo e Garnacho sempre inconformados nas alas, mas a eficácia adversária apareceu para tornar a segunda parte num pesadelo quase irremediável. Foi ao minuto 70 que Schade cabeceou ao segundo poste fazer o 3-1 e, quatro minutos volvidos, uma enorme desmarcação de Kayode permitiu ao lateral assistir Wissa para o quarto dos anfitriões.
A reviravolta não era impossível, como os irreverentes extremos trataram de mostrar: Garnacho foi o primeiro a reduzir, aos 82', com um golaço de meia-distância e, aos 90'+5, Diallo rematou por baixo das pernas de Flekken para fazer o 3-4. Não haveria tempo para mais: o United somou mesmo o sexto jogo consecutivo sem ganhar na Premier League.
Nem tudo foi mau
Apesar da derrota, haverá, certamente, pontos positivos a tirar para Ruben Amorim. O primeiro relaciona-se com a possibilidade de descansar jogadores. Diallo teve minutos depois da lesão, Yoro também só jogou a segunda parte e Hojlund, Bruno Fernandes ou Mazraoui, por exemplo, nem entraram. A reação também foi positiva: a equipa acreditou que conseguia dar a volta ao 4-1 e quase o fez. Além disso, Garnacho, que marcou e assistiu, voltou a mostrar que é uma das peças mais importantes da equipa neste momento: foi decisivo, criou perigo nos 90 minutos e mostrou consistência, algo que é, possivelmente, a maior lacuna que o argentino tem demonstrado.
Agora, o foco vira para o grande objetivo: o jogo da próxima quinta-feira frente ao Athletic Bilbao, para garantir a passagem à final da UEFA Europa League.
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