«A coesão dentro do Manchester United era quase nula»

Adjunto de Ralf Rangnick no Leipzig, o norte-americano Jesse Marsch falou da passagem do seu colega pelo Manchester United, no podcast Up Front Show, de Simon Jordan. 

«O Ralf e outros que estavam lá naquela altura disseram que a coesão dentro do clube era quase nula. A sua comunicação com o departamento de scouting, o departamento desportivo e os diretores faziam-no sentir que não havia grande futuro para ele, e talvez isso fosse o caso.» Recorde-se que Rangnick foi contratado como treinador-interino do Man. United, após o despedimento de Ole Gunnar Solskjaer. 

Marsch continuou, ao salientar que a exigência dentro do Manchester United também tem caído ao longo dos anos: «Com qualquer clube, e especialmente com os maiores, esta ideia da pressão interna para que todos compreendam exatamente qual é a identidade e o empenho em manter a disciplina todos os dias é, normalmente, o que dita a qualidade do clube. E há muito, pelo que ouvi dizer, que essa parte perdeu-se no Man. United.»

O antigo treinador do Leeds disse ainda que, desde cedo, Rangnick «sentiu que não seria fácil impor o seu estilo de futebol com os jogadores que tinha» e que, ao aceitar a proposta dos red devils, «sabia que estava a entrar na toca dos leões, mas não podia recusar a oportunidade de treinar o Manchester United».