A análise de Duarte Gomes a «jogo intenso e cheio de incidências»
Glenn Nyberg dirigiu o Benfica-Mónaco se disputou na noite desta terça-feira no Estádio da Luz, em Lisboa. O neerlandês Rob Dieperink foi o VAR.
Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:
4' Lance que podia ser de penálti típico mas não foi, porque Embolo iniciou a queda antes do contacto com Trubin: o avançado suíço dobrou a perna direita e arrastou o pé esquerdo no solo, sinais indicadores da intenção. Esteve bem a equipa de arbitragem ao detetar o expediente, em momento que podia ser enganador.
12' Excelente postura do árbitro, ao admitir equívoco num lançamento lateral (indicou erradamente para o Mónaco e corrigiu depois para o Benfica).
18' Árbitro atrapalhou inadvertidamente a progressão de Kokcu. Nestes casos, não há nada a fazer. O lançamento de bola ao solo só acontece quando há interferência direta com a bola (e apenas em três situações).
22' Golo legal do Benfica, a inaugurar o marcador na Luz. Leandro Barreiro tirou a bola a Kehrer e depois a Singo, sem cometer infração sobre qualquer um dos dois. Esteve bem o árbitro nessas avaliações.
32' Golo de Minamino, a empatar a partida. No início da jogada, Embolo (que fez a assistência) estava em posição legal. Análise correta do árbitro assistente.
34' Infração atacante bem assinalada a Embolo, que atingiu com o braço direito o rosto de Otamendi.
37' Singo derrubou Schjelderup, cometendo infração que nos pareceu antidesportiva. A falta anulou taticamente saída do jogador encarnado. Nyberg entendeu gerir sem recurso à advertência.
57' Na sequência de ressalto no corpo de Pavlidis e depois no solo, a bola tocou no braço direito de Álvaro Carreras, que estava ao longo do corpo e em posição defensiva. Não houve motivo para que fosse assinalado pontapé de penálti.
60' Depois de driblar vários adversários, Akliouche rematou à baliza de Trubin, chocando com o corpo de Otamendi, que tinha a posição ganha. Lance bem analisado.
62' Akliouche foi advertido com justiça após entrada por trás, negligente, sobre Kokcu.
67' Leandro Barreiro viu o cartão amarelo após aplicação da vantagem, na sequência de infração negligente. Bem o árbitro sueco.
71' Amdouni foi advertido com justiça após entrada negligente sobre Singo.
72' Keher derrubou Aursnes de forma evidente. O pé esquerdo do alemão atingiu o calcanhar direito do adversário dentro da área do Mónaco. Excelente intervenção do VAR, a salvar erro de análise em campo.
81' Ilenikhena pareceu estar em linha no momento do passe à distância, que corte não deliberado de um defesa encarnado não anulou. O francês, que não carregou ilegalmente Otamendi, viu a bola tocar-lhe na mão direita antes de marcar golo. A lei refere que só há infração se esse contacto (ainda que involuntário) for imediatamente antes de marcar. Ilenikhena galgou vários metros durante alguns segundos, o que anulou essa possibilidade. Golo bem validado.
84' Kokçu finalizou com sucesso ataque legal da equipa visitada. Antes Amdouni ganhou posse de bola com contacto mas sem cometer infração sobre um defesa contrário.
90+1' A intervenção do VAR voltou a ser excelente porque, ao esticar o pé direito, Diatta tocou de facto na bola. Se não o tivesse feito, seria sempre penálti, porque o pontapé dado por Dahl só aconteceu devido ao facto do senegalês colocar o pé na zona de remate.
Nota do árbitro: 7
Artigos Relacionados: