Suspeitos de ataque a adeptos do FC Porto indiciados por homicídio qualificado
Os três adeptos do Sporting, detidos terça-feira à tarde por agressões a adeptos do FC Porto, na sequência do jogo de hóquei entre leões e dragões no Pavilhão João Rocha, estão indiciados pela prática de cinco crimes de homicídio qualificado na forma tentada, ofensas à integridade física qualificada, um crime de incêndio, de roubo e detenção e uso de armas proibidas.
Os detidos, com idades entre os 22 e os 26 anos, foram identificados pela PSP de volta ao pavilhão João Rocha, durante um jogo de futsal, detidos e levados para a esquadra de Benfica, onde foi chamada a Polícia Judiciária (PJ).
Uma emboscada a vários carros, junto ao Pavilhão, levada a cabo por parte de um grupo de entre 10 a 20 pessoas, com recurso a artefactos pirotécnicos, fez deflagrar um incêndio numa das viaturas, sendo que duas pessoas ficaram feridas e transportadas para o Hospital de Santa Maria.
De acordo com a CNN Portugal, foi realizada uma perícia às roupas que os detidos usavam, tendo sido confirmada a exposição a fogo e a líquidos inflamáveis.
Em comunicado, a PJ confirma a detenção e adianta que os «três homens estão indiciados pela prática de cinco crimes de homicídio qualificado na forma tentada, ofensas à integridade física qualificada, um crime de incêndio, de roubo e detenção e uso de armas proibidas, que vitimaram os ocupantes de um veículo automóvel, que circulava na zona da Alameda das Linhas de Torres, em Lisboa».
Segundo a PJ, «os suspeitos integravam um grupo mais alargado que praticou as agressões agora em investigação, estando na sua origem rivalidades entre adeptos de dois clubes desportivos. As investigações prosseguem com vista à identificação dos restantes membros do grupo».
O presidente do Sporting, Frederico Varandas, comentou esta quarta-feira os incidentes: «As pessoas que fizeram aquele ataque criminoso e bárbaro não representam os valores do clube, do desporto e não devem ter lugar em qualquer recinto desportivo.»