)
Navratilova: «Não é por ter rabo de cavalo e unhas pintadas que é uma rapariga»
Martina Navratilova, vencedora de 18 títulos de Grand Slam, considera «um erro» que as mulheres transsexuais possam competir no circuito feminino de ténis professional, o WTA.
✍️ 'Trans athletes have no place in female sport. This is what the US Supreme Court will hopefully soon uphold' | Writes @realzoestrimpel
— The Telegraph (@Telegraph) July 6, 2025
Read the column on @Martina's advocacy here ⬇️https://t.co/U0O9TI3Lha pic.twitter.com/uVd6GB4VVu
Numa entrevista à BBC, a antiga jogadora que nasceu na Chéquia e se naturalizou americana declarou que os «os corpos masculinos devem competir na categoria masculina» repetindo uma ideia que há muito defende e deixou clara, e que lhe causou vários dissabores entre alguns elementos da comunidade LGBTQI+.
A antiga tenista de 68 anos foi uma das primeiras figuras da modalidade a assumir a sua homossexualidade e, desde então, tornou-se acérrima defensora da comunidade LGBTQI+, apesar de, como a própria afirmou, as suas posições já lhe terem causado diversos problemas.
Tennis legend Martina Navratilova's comments after a trans woman breaks a school record after switching to the women's team.
— AJ Inapi (Allan) (@aj_inapi) November 27, 2023
Do you agree?#MAGA #IFBAP pic.twitter.com/Sklh27Uzig
«Eles só precisam competir na categoria adequada, que é a masculina. É simples. Mas, ao incluir corpos masculinos no torneio feminino, alguém não vai ter vaga nesse torneio. Uma mulher não estará a entrar em prova porque um homem vai jogar no seu lugar», argumentou.
Navratilova contro le atlete trans: “Il tennis femminile non è per maschi falliti” - la Repubblica https://t.co/V8rUEXcxEl
— paolo ignazio marong (@paoloigna1) July 3, 2025
«Não é justo. Não é por ter rabo de cavalo e unhas pintadas que é uma rapariga», explicou. «Tomar hormonas não elimina as vantagens em altura, comprimento dos braços e força dos homens biológicos», considerou a antiga vencedora de Wimbledon que, em dois dos títulos conquistados, foi treinada por uma atleta trans, Renée Richards, provavelmente a atleta transgénero mais proeminente da história do desporto.
The trans tennis player who coached Martina Navratilova to two Wimbledon titleshttps://t.co/8hZ1ommrOo
— PinkNews (@PinkNews) July 2, 2025
Nasceu homem, tornou-se médico e começou a jogar ténis profissionalmente em 1976. Antes do US Open de 1976, Richards, com 42 anos, recusou-se a fazer um teste cromossómico e processou a USTA alegando discriminação de género. No verão de 1977, o juiz Alfred Ascione, do Supremo Tribunal do Estado de Nova York, decidiu a favor de Richards, argumentando: «Esta pessoa agora é uma mulher».
Renée Richards, la prima tennista trans della storia che allenò la trans-escludente Martina Navratilova a Wimbledon https://t.co/JnpixsiMvv #Sport #Transgender pic.twitter.com/7DS8Uiq3FF
— Gay.it (@gayit) July 1, 2025
Richards perdeu na primeira ronda de singulares para Virginia Wade, mas chegou à final de pares, antes de perder para Martina Navratilova e a sua parceira, Betty Stove.
Richards treinou a superestrela lésbica Navratilova entre 1981 e 1983, período em que a checo-americana venceu Wimbledon, em 1982 e 1983, o Open da Austrália, em 1981 e 1983, Roland Garros, em 1982, e o Open dos EUA, em 1983.
«Sempre fui receptiva a todos os processos de transição, de quem decide e apoio, mas isso não lhes dá o direito de competir contra as mulheres que decidem não o fazer. E essas mulheres?! E essas raparigas?!», questionou.
O regulamento da WTA permite que as tenistas transexuais possam competir se assinarem uma declaração a revelar que são mulheres, ou não binárias, e que os seus níveis de testosterona se encontram abaixo de certos níveis há dois anos.