Não há pressão que pese nestes Costa(s)
Martim Costa remata por Portugal no jogo frente à Alemanha, de preparação para o Europeu de andebol (IMAGO)
Foto: IMAGO

Não há pressão que pese nestes Costa(s)

ANDEBOL10.01.202422:27

O mundo do andebol tem dois irmãos debaixo de olho, no dia em que Portugal faz o primeiro jogo no Europeu de andebol. Mas isso não lhes traz mais responsabilidade, garante Martim

«Costa Brothers». Podia ser o nome de uma banda, mas o dom de que se fala aqui não é musical. É para o andebol. Apesar de terem apenas 21 e 18 anos, Martim e Francisco Costa vão ter em si muitos dos olhos que vão estar em cima da Seleção que hoje inicia a participação no Europeu de andebol. O talento dos dois irmãos, lançados para a ribalta no FC Porto, mas a brilhar com a camisola do Sporting nas últimas três épocas, há muito tempo que fez soar os alarmes de quem acompanha andebol pelo mundo fora. Ao ponto de a própria Federação Europeia de Andebol (EHF na sigla inglesa) ter feito já vários artigos sobre os dois manos.

Mas tudo passa ao lado dos irmãos Costa. É pelo menos essa a garantia que Martim deixa em declarações ao jornal A BOLA, na véspera da estreia de Portugal frente à Grécia. «Não sinto que essa atenção provoque uma responsabilidade extra. Todos os jogadores que estão aqui têm qualidade e sentem a pressão boa de jogar pela Seleção. Se colocam essa pressão em mim e no meu irmão, é porque temos feito bem o nosso trabalho. E é isso que vamos tentar fazer outra vez», atira sem hesitar, da mesma forma como encara os melhores defensores do Mundo. 

Kiko e Martim Costa formam uma dupla temível no Sporting e na seleção (FPA)

Depois de já terem estado ambos no Mundial de 2023, os irmãos preparam a estreia em Europeus, apesar de Martim ter estado na Hungria em 2022, ainda que sem jogar. Por isso, pressão ou ansiedade não afetam. «Já estou na terceira época no Sporting, estive no Mundial e sei o que são jogos importantes», assegura. Aliás, o camisola 79 até tem o (bom) hábito de sobressair quando a exigência aumenta. «Eu tento estar bem sempre, mas é verdade que todos os jogadores gostam de jogar os grandes jogos, é para isso que nos preparamos», admite».

Plano traçado para a Grécia

Até no discurso o jogador que conta com 17 internacionalizações AA mostra maturidade. E por isso, não olha a adversários para lá do primeiro. «Estamos preparados, a trabalhar há vários dias nos detalhes deste jogo e focados para a estreia», assegura. Martim Costa assume que a seleção lusa parte como favorito, mas defende que nem sempre isso é bom. «Temos muita qualidade e talento, mas precisamos de fazer aquilo que planeámos. Num Europeu é difícil ser favorito. Há muita qualidade em todas as equipas e eles estão na primeira participação, por isso vão estar muito motivados. Eles querem mostrar valor e nós temos de impedir que aconteça», reforça. 

Sobre o adversário do jogo que tem início marcado para as 17h, o primeira-linha realça os aspetos que vão requerer mais atenção dos jogadores portugueses. «É uma equipa muito agressiva na defesa, são muito duros e lutadores e é difícil ultrapassar uma defesa assim. No ataque procuram muito jogo com o pivô e rematam bem de fora. Mas estamos preparados e se tudo correr como planeámos, vai ser bom. Mas não vai ser um jogo fácil», finaliza.