FC Porto-Boavista, 4-0 Vítor Bruno e o golo de Mora: «É o que faz vir muita gente ao estádio»

Treinador do FC Porto comentou o golo do jovem de 17 anos, olhou para o dérbi entre Sporting e Benfica e abordou as forte críticas de que foi alvo há um mês

O FC Porto ganhou ao Boavista por 4-0, um jogo que Vítor Bruno considerou só ficar desvloqueado após o primeiro golo do encontro, da autoria de Samu Aghehowa.

«Na fase inicial tínhamos alguma dificuldade em descobrir caminhos que pudessem ferir o Boavista. A partir do momento em que fizemos o primeiro golo, o adversário começou a expor-se, a querer pressionar mais alto, a tentar bloquear-nos naquele primeiro momento de pressão e a partir daí conseguir chegar à baliza de diferentes formas, de cruzamento, por dentro, em transição. A verdade é que para além dos quatro golos que marcámos tivemos mais uma quantidade assinalável de ocasiões para poder fazer golo. Não fizemos, mas estou muito contente com o rendimento dos jogadores por aquilo que produziram, pela forma também consistente com que abordaram o momento defensivo, sempre com compromisso total», disse na flash-interview da Sport TV.

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O técnico comentou depois, com uma rara emoção, o golaço de Rodrigo Mora: «É difícil conter... Eu às vezes nem sou tão expansivo e tento-me segurar. Ali realmente é daqueles golos que faz muita gente vir ao estádio, que empolga muita gente. E não é só pelo golo, é por aquilo que o menino tem investido, já começa a olhar para o jogo com um cariz de maturidade elevado. Fico feliz, não é só pelo talento, não só pelo golo, mas sim por aquilo que ele trabalha, pelo investimento que tem feito, naquilo que ele tem sido pedido.»

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Vítor Bruno também comentou o dérbi entre Sporting e Benfica deste domingo - se ficar empatado, o FC Porto terminará 2024 no topo do campeonato. «Não vou torcer por resultado nenhum. Tentarei olhar para o jogo, vê-lo. Aquilo que nós queríamos muito era chegar aos 40 pontos, que era a única condição que nos garantia trepar um ou outro lugar na classificação. Fizemos a nossa parte, continuamos a depender de nós e é isso que nos guia.»

Por fim, o técnico abordou as fortes críticas de que foi alvo no final de novembro, quando perdeu três jogos consecutivos: «A exigência do clube é esta. E eu conheço bem, já não é um nem dois anos que estou aqui, já são alguns, conheço a exigência dos adeptos e gosto que assim seja. É verdade que os adeptos ficaram verdadeiramente frustrados com a eliminação da Taça de Portugal, eu também, porque é uma competição que nos diz muito, que tínhamos ganho nas últimas três épocas e isso deixa qualquer um frustrado. Nós acabamos por trabalhar, agarrar muito àquilo que é o dia-a-dia, investir muito naquilo que é nosso, na ideia que estamos a construir e em criar bases solidárias para o futuro, para que possamos ganhar mais e mais. É isso que nos guia aqui dentro.»