O jogo de juniores entre o Rabo de Peixe e o Santa Clara no último sábado ficou marcado por agressões que resultaram em três expulsões para a equipa do Rabo de Peixe. Na sequência desses eventos, a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) vai enviar para o Ministério Público informação que permita a identificação desses agressores. O organismo refere que, para a tomada desta decisão, contribui a «dimensão pública» e a «repercussão de imagens difundidas em que são percetíveis agressões entre jogadores, estando em causa ilícito criminal de natureza pública». Nessas imagens, vê-se um jogador da equipa da casa a ver o cartão vermelho e imediatamente depois a agredir a soco um adversário. Tal motiva vários empurrões e trocas de palavras acesas, antes de outro jogador do Rabo de Peixe pontapear um jogador do Santa Clara que estava no chão. Assim, a APCVD «procederá ao envio para o Ministério Público de toda a informação compilada que permita a identificação dos agressores e que se afigure útil para a prossecução da justiça». O jogo era válido pela 12.ª jornada do Campeonato de São Miguel dos Açores e terminou com a vitória do Santa Clara por 2-0. Este era um duelo entre os dois primeiros classificados do campeonato e resultou na primeira derrota da época para a formação do Rabo de Peixe. Reações dos clubes Em comunicados divulgados na rede social Facebook, os dois emblemas reagiram a estes desenvolvimentos. Primeiro, o Rabo de Peixe começou por criticar «o comportamento deveras inqualificável de dois dos seus atletas do escalão de juniores», informado que ambos «foram suspensos de toda e qualquer atividade no clube». No entanto, o emblema também alegou ter sido alvo de uma «enorme pressão que foi exercida em toda a semana que antecedeu o jogo, com vídeos provocadores de alguns jovens atletas adversários» e de outra provocação, « com a comitiva da equipa adversária a chegar ao recinto com segurança privada, num claro apelo à violência.» Pouco depois, o Santa Clara respondeu: «O CD Santa Clara acolhe com estupefação a recente tomada de posição do Clube Desportivo Rabo de Peixe (CDRP). Em resumo, pretende o CDRP justificar o injustificável.» O emblema também esclareceu que «nunca teve conhecimento de qualquer manobra provocatória ou de intimidação por parte dos seus atletas a qualquer atleta ou elemento do CDRP». Por fim, concluiu que foi a segurança privada que «contratou por prevenção, a evitar o que poderia vir a ser um cenário bastante mais gravoso».
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