Mónaco-Benfica, 0-1 Tudo o que o treinador do Benfica disse após vitória no Mónaco

NACIONAL12.02.202523:49

Treinador dos encarnados sente que poderia ter vencido com maior conforto

— Como avalia uma partida que deixa o Benfica em vantagem para a segunda mão? 

— Primeira parte muito tática, apesar da primeira oportunidade ter sid nossa. Senti respeito grande de ambas as partes, tínhamos um plano, cumprimos metade, mas a equipa a partir dos 30 minutos cresceu e acabou com duas boas oportunidades de golo. Depois conversámos com os jogadores, demos mais confiança, tivemos entrada muito forte com o golo e várias oportunidades e merecíamos ter outro desfecho. Mas é importante vitória e houve compromisso da equipa, a eliminatória vai ser discutida na Luz», explicou. As equipas sentiram que haveria um segundo jogo, foi muito mais tático do que o da fase de liga. Senti que estivemos por cima do jogo, mas não soubemos aproveitar o espaço para as transições ofensivas. Senti que a equipa começava a crescer depois dos 30 minutos, tivemos duas boas oportunidades, pelo Álvaro [Carreras] e pelo António [Silva], na sequência de um canto.  

— O que mudou na segunda parte? 

—  Depois, na segunda parte, percebemos que havia espaços a explorar e a equipa fez uma entrada muito boa, fez um golo e teve enorme qualidade, com várias oportunidades para fazer golo. Olhando para as nossas oportunidades, poderíamos ter feito mais um golo , mas faltou a mentalidade assassina que é preciso ter na Liga dos Campeões. Tenho de dar os parabéns aos jogadores, interpretaram a estratégia e marcámos como idealizámos e a eliminatória será decidida na Luz. São dois dias para recuperar e foco total no jogo com o Santa Clara. 

— A primeira fase de construção da equipa foi um problema? 

— Agora é fácil falar da construção da equipa, não vão por aí. Mónaco joga com muita gente por dentro e nós queríamos sair por fora, foi esse momento, queríamos fazê-lo melhor e tivemos mais qualidade na segunda parte. Faltou mentalidade assassina, criámos várias oportunidades e deveríamos ter marcado mais um golo. Mas é uma vitória fora, na Liga dos Campeões, vejam quantas equipas vencem fora na Champions. Saímos satisfeitos e agora o foco está no Santa Clara. 

— Com a tal mentalidade ofensiva a eliminatória estaria resolvida? 

— Saber matar o jogo leva a vitórias confortáveis, poderíamos tê-lo feito com o Moreirense. O mais importante foi aquilo que a equipa fez, foi a segunda vitória do Benfica no Mónaco e na mesma época, saímos daqui satisfeitos, mas conscientes de que a eliminatória vai ser discutida na Luz. Agora, foco na recuperação máxima para jogar com o Santa Clara. É o calendário da Liga dos Campeões, mas as equipas que jogaram terça-feira têm mais tempo para recuperar. Temos de ter capacidade de resposta e recuperar, foco no Santa Clara e em vencer o jogo. 

— A equipa não ouviu a sua frase da mentalidade ofensiva ou não teve capacidade? 

— Não é ouvir ou deixar de ouvir. Nota-se que ouvem pois cumpriram a estratégia. O guarda-redes adversário fez duas ou três defesas de enorme qualidade, falta-nos isso, marcar e fechar jogos. Mas tivemos a capacidade de entrar muito forte e criar várias oportunidades de golo. Sabemos que é a Champions e que é muito difícil vencer fora, saímos satisfeitos, não é fácil fazer o que fizemos, mas temos de dar continuidade. 

— Está preocupado com a lesão de Di María? 

— Tínhamos um plano, pelo que não é só [preocupação] em relação a Di María, é também em relação a Manu, Bah e ao Tomás. Tínhamos ajustes para fazer no mercado de janeiro, Manu poderia jogar na posição do Florentino, fazer de central, jogar pelo Kokçu. E o Tomás poderia fazer duas posições [central e lateral-direito], tínhamos planos para fazer ajustes em janeiro e sabíamos do calendário apertado que tínhamos. E quando uma equipa tem tempo de recuperação entre os jogos, jogadores têm determinação e trabalham sempre com vontade de vencer. Tínhamos esse plano, não é uma desculpa, temos de ter a capacidade de responder. Temos lote de jogadores que dá confiança, gente nova na equipa B e nos sub-23 e que trabalham comigo. Temos de resolver a situação internamente. E é cedo para fazer uma avaliação concreta das lesões.

— Qual a razão de ter apostado em Schjelderup e Akturkoglu e deixado Di María no banco? 

— Sentimos que para este jogo seriam os dois que fariam melhor o que tínhamos de fazer e fizeram bom jogo, Di María tem sido titular comigo, tem sido também substituído algumas vezes, outras vezes tem ficado no banco. Teve sempre comportamento de grande profissional que é. Com o Barcelona também foram eles que jogaram. 

— Terminou com três avançados, era para a tal mentalidade assassina? 

—  Sim, sentimos que poderíamos meter gente na frente, acabámos com três avançados. Zeki [Amdouni] teve grande oportunidade, poderia rematar, tentou servir o colega, boa opção, e Belotti também entrou bem. Arthur Cabral também.