Internacional argentino, que passou pelos dois clubes, admitiu que ficou feliz quando viu que portugueses e argentinos se iriam enfrentar no Mundial de Clubes
Apesar da distância, o embate entre Boca Juniors e Benfica, agendado para segunda-feira (23h, hora de Lisboa), na primeira jornada do Grupo C do Mundial de Clubes, terá um sabor especial para Eduardo Salvio. O experiente médio argentino, atualmente ao serviço do Lanús, representou ambos os emblemas e, em entrevista à TyC Sports, analisou a partida marcada para o Hard Rock Stadium, em Miami.
«Vai ser um bom jogo. Quando saiu o sorteio, fiquei muito contente. Toda a gente sabe o carinho que tenho pelos dois clubes. Quero desejar o melhor aos dois», afirmou Salvio, que aponta «alguma diferença» a favor das águias, sobretudo no plano coletivo.
«Há diferenças. O futebol argentino é mais físico do que o português, mas o Benfica é o maior clube de Portugal. São fortes e tentam sempre fazer um bom jogo. Tentam sempre ser protagonistas. Vão tentar ganhar», disse.
O jogador de 34 anos conhece bem ambos os universos. Esteve no Benfica em 2010/11 e, depois, de 2012 a 2019 - primeiro por empréstimo do Atlético Madrid, depois a título definitivo - somando 266 jogos, 62 golos e 14 títulos, sendo ainda hoje muito acarinhado pelos adeptos encarnados.
Em 2019, transferiu-se para o Boca Juniors, clube do coração, por cerca de 8 milhões de euros. Ficou até 2022, altura em que partiu para o Pumas, do México. Fez 70 jogos, marcou 19 golos e venceu cinco títulos pelo emblema xeneize: dois campeonatos, uma Taça da Argentina e uma Taça da Liga.
Nicólas Campisi, guarda-redes dos Tampa Bay Rowdies, traçou retrato das águias à imprensa argentina, destacou pontos fracos e apontou figura de proa encarnada
«Pode haver uma diferença individual e coletiva, mas em 90 minutos tudo pode acontecer. O Boca também tem hierarquia e alguns bons jovens», sublinhou o internacional argentino, que também aproveitou para explicar as diferenças culturais entre o futebol europeu e o sul-americano. «Deita-se no chão, rouba-se a bola e a Bombonera desfaz-se. Isso às vezes é positivo e às vezes não. Na Europa, não se mergulha só por mergulhar. Vão ver o Van Dijk se ele faz isso.... Taticamente, eles são melhores do que nós. Mas o jogador argentino mergulha de cabeça. Isso chama a atenção», finalizou.
Em 2024 e 15 anos depois de ter saído, Salvio regressou ao Lanús, o clube que o formou. Uma das figuras da equipa dos arredores de Buenos Aires, regista seis golos em 25 jogos, este ano.
Extremo argentino, ex-Benfica, regressa ao clube que o formou
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