Reforços do FC Porto: nem todos tiveram dedo de Conceição
Sérgio Conceição vai perder Taremi e Zaidu durante umas semanas. Foto: IMAGO

Reforços do FC Porto: nem todos tiveram dedo de Conceição

NACIONAL23.01.202408:00

Pinto da Costa disse que deu ao treinador os reforços que quis; mas nem todas aquisições tiveram o aval do técnico; Samuel Portugal, Cláudio Ramos, Carraça, Saidy Janko, João Pedro, Nakajima, Ewerton ou Paulinho foram decisões da SAD

A RTP divulgou novo excerto da entrevista a Pinto da Costa que será emitida na íntegra no final deste mês. Desta vez o líder portista falou de uma tema sensível, os reforços, garantido que deu ao treinador todos aqueles que ele pediu. «Não, eu dei os reforços que o Sérgio Conceição me pediu. Não fui eu que inventei os jogadores que vieram. É evidente que se o Sérgio Conceição me pedir o Maradona, que, coitado, já nem existe, ou se me pedir o Cristiano Ronaldo, não lhe posso dar. Mas os jogadores que ele quis, ele teve-os», garantiu. 

Uma posição que terá surpreendido o treinador, na medida que ao longo deste quase sete anos como técnico do FC Porto nem todos os jogadores que chegaram ao plantel tiveram o seu aval. Um deles, que até está a ser bem sucedido, é Cláudio Ramos, contratado a custo zero ao Tondela, em agosto de 2020, mas houve outros que não equacionou pedir à SAD e chegaram na mesma. Nakajima, proveniente do Al-Duhail, do Catar, que custou €12 milhões por metade do passe, foi um deles, assim como outros que nem sequer chegaram a escrever história na equipa: Janko (Saint-Étienne) e Ewerton (Portimonense) foram dispensados em pleno estágio, assim como Paulinho (Portimonense), reforço de inverno em 2018, na condição de atleta emprestado pelos algarvios. Carraça (Boavista), João Pedro (Palmeiras) e Samuel Portugal, que também chegou do Portimonense, são outros exemplos de jogadores que foram aposta da SAD e não um pedido ou exigência do treinador. 

A questão acaba por criar desconforto na medida em que muitos destes nomes foram questionados pelos adeptos assim que foram apresentados. E se é verdade que muitas apostas de Conceição não deram certo, por inadaptação às exigência ou ao modelo, o técnico sente que não tem de ter nos ombros o peso da responsabilidade de toda a política de contratações do FC Porto

Outros casos

Falando de David Carmo, a primeira opção do treinador era manter Mbemba. A questão foi levantada já tardiamente, depois da final da Taça de Portugal, frente ao Tondela (3-1), com uma proposta que o central congolês considerou muito baixa, causando ressentimento no atleta, que acabaria por assinar pelo Marselha. Os valores envolvidos na transferência do ex-bracarense, uma vez mais, foram sendo noticiados pela imprensa, não deixando de causar impacto interno. Uribe foi outro caso que Conceição gostaria que tivesse sido resolvido de outra forma: a renovação do colombiano, um dos líderes da equipa, custaria menos que as operações que trouxeram Alan Varela e Nico González para os dragões. E mesmo no que toca a Fran Navarro, o ex-gilista não chegou para ser titular, mas sim para fazer parte de um lote de avançados e dinamizar a concorrência, salvaguardando a perda de Taremi na próxima época.

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