Quando o caminho é difícil há que procurar um desvio (crónica)
Morten Hjulmand, médio do Sporting, foi titular, tal como Alexander Bah, do Benfica (Foto IMAGO)

Eslovénia-Dinamarca, 1-1 Quando o caminho é difícil há que procurar um desvio (crónica)

INTERNACIONAL16.06.202418:51

Alexander Bah (Benfica) e Morten Hjulmand (Sporting) titulares; médio leonino infeliz no golo dos eslovenos

Empate com sabor a injustiça para a Dinamarca pela forma como tentou controlar o jogo e dominar o adversário frente a uma Eslovénia que jogou, e muito bem, com os trunfos que tem, fazendo da boa organização defensiva, simplicidade de processos e atrevimento da meia distância trunfos preciosos para arrecadar um ponto num grupo que promete boas sensações.

Com Alexander Bah e Morten Hjulmand no onze, desde o primeiro ao último minuto os dinamarqueses insistiram sempre em ataques muito organizados, sem nunca prescindir de uma circulação intensa, mas na verdade só chegaram ao golo numa transição, quando Bah foi lesto a fazer um lançamento lateral para Jonas Wind, que tocou de calcanhar para a finalização de Eriksen.

Dois minutos antes, no entanto, tinha sido da Eslovénia o momento de maior perigo, com um remate fora da área de Sesko que passou rente ao poste da baliza defendida por Schmeichel.

A vencer, os nórdicos nunca abdicaram do futebol apoiado, ao qual respondia a Eslovénia com uma linha defensiva segura, sem deixar espaço a Hojlund e Wind, e deixando o adversário sempre em alerta com os lançamentos longos para Sporar, que sabe pisar a zoma cega dos centrais e a linha do fora de jogo, mas mantém índices de definição muito baixos. Ainda assim, e porque ao lado dele há um avançado que trata muito melhor o couro, foi novamente Sesko a fazer levantar o estádio com um potente remate de meia distância ao poste. No lance seguinte, após um canto, Janza atirou forte (gesto que havia feito várias vezes na primeira parte), a bola desviou em Hjulmand e terminou dentro da baliza. Quando o caminho se adivinha difícil, o desvio é a melhor alternativa para chegar ao destino. E pode dizer-se que os eslovenos não mereciam ficar perdidos.

No segundo tempo, os eslovenos 'foram para cima' e o empate apareceu aos 77', por intermédio de Erik Janza, num pontapé de ressaca que ainda desviou em Hjulmand e se encaminhou para o fundo das redes da baliza de Kasper Schmeichel.