«Quando havia Benfica-FC Porto, juntava-me com o Darwin contra o Luis Díaz»
Fábio Carvalho revela a boa relação que tinha com Darwin Nuñez no Liverpool

«Quando havia Benfica-FC Porto, juntava-me com o Darwin contra o Luis Díaz»

INTERNACIONAL23.03.202410:40

Fábio Carvalho fala ainda das boas memórias que guarda da «carrinha do Benfica», na terceira parte da entrevista a A BOLA

Fábio Carvalho tinha 11 anos quando os pais decidiram deixar Portugal para ir em busca de melhores condições de vida em Inglaterra. Essa decisão obrigou o médio ofensivo a deixar o Benfica, clube que representou durante três épocas. A ligação às águias, porém, manteve-se à distância e foi renovada quando chegou ao Liverpool, juntamente com Darwin Nuñez. Nesta parte da entrevista a A BOLA, o jogador que está emprestado ao Hull City fala sobre a relação que criou com o avançado e recua também à infância e às boleias da carrinha do Benfica que o levava a casa depois dos treinos.  

- Assistiu à chegada de Darwin Nuñez ao clube, vindo do Benfica. Acha que ele sentia a pressão pelo valor que custou ao Liverpool?

- O Darwin é um jogador top. E também como pessoa. Claro que quando uma equipa investe tanto num jogador, há sempre pressão. Mas ele dava sempre o máximo nos treinos e nos jogos, isso é o mais importante e a única coisa que os jogadores podem fazer. E dá para ver pela forma como joga a paixão que tem pelo futebol e pelo clube. Esta época está a jogar muito bem, a marcar golos e a fazer assistências. Se continuar assim vai chegar muito longe.

- Falavam do Benfica?

- Sim, sim! Falávamos do Benfica. Ele perguntou-me onde é que eu já tinha jogado e eu disse-lhe que antes de me ter mudado para Inglaterra tinha jogado no Benfica. Ele gosta muito do Benfica e víamos sempre os jogos. Principalmente, os jogos com o FC Porto, em que nos juntávamos com o Luís Díaz, que gosta muito do FC Porto. E estávamos sempre com a rivalidade: eu e o Darwin pelo Benfica contra o Díaz. São gente muito boa e craques com quem gosto muito de jogar e aprender.

- Quais são as memórias que guarda do Benfica?

- Foram tempos muito bons. Lembro-me de ir a torneios com alguns jogadores com quem ainda mantenho contacto. Ganhávamos os torneios quase todos porque tínhamos uma equipa muito boa. Havia uma grande rivalidade com o Sporting – com o FC Porto nem tanto porque eles não jogavam assim muito [risos]. Alguns desses jogadores chegaram ao topo, outros não. Faz parte desta vida.

Fábio Carvalho jogou três épocas no Benfica, entre os sete e os 10 anos

- Quais foram os jogadores com quem jogou no Benfica que chegaram mais longe?

- O Paulo Bernardo [Celtic], o Rafael Brito [Casa Pia]. Acho que ainda apanhei o Samuel Soares [Benfica]. O Gonçalo Borges [FC Porto] também estava no Benfica. O Tiago Dantas [PAOK] e o Gedson [Besiktas], mas eles eram mais velhos. Íamos na carrinha juntos. Boas memórias nessa carrinha… [gargalhada].

- Que memórias são essas da carrinha?

- [mais risos] Palhaçada, risada… Íamos juntos para os treinos e voltávamos à noite. Ia o Gedson, o Jair [Tavares], o João Virgínia, e outros que já não me lembro. Eu era o mais novo e era o último a chegar a casa! Chegava a casa cansado, no dia seguinte tinha de ir para a escola… mas era aquilo que eu queria.

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