Os destaques do FC Porto: Evanilson a tempo, Francisco tarde demais

Os destaques do FC Porto: Evanilson a tempo, Francisco tarde demais

NACIONAL12.02.202423:33

Atacante ainda empatou o jogo e o extremo animou a chama portista, mas coletivamente os dragões pouco ou nada fizeram para evitar a derrota

A figura do FC Porto: Evanilson (5)

Frieza na marcação do penálti que ele próprio ganhou. A bola não saiu forte, mas a colocação foi perfeita, deixando Arruabarrena praticamente pregado ao chão. Aos 34’, viu um segundo golo ser-lhe (bem) anulado por fora de jogo. À medida que o Arouca se libertou de complexos e assumiu a vontade férrea de querer ganhar o jogo, as bolas já não chegaram ao brasileiro com a qualidade que se impunha.

Diogo Costa (5) - Saiu do jogo com três golos sofridos sem que pudesse fazer algo de palpável para os evitar. Talvez dos encontros em que esteve mais exposto a uma defesa permeável e surpreendida logo nos primeiros segundos com o golo de Rafa Mújica. Duas saídas da área muito bem calculadas, a aliviar o perigo, teve ainda uma defesa difícil e apertada a um disparo de Mújica (59’) 

João Mário (4) - Aos 23 minutos, bem solicitado por Galeno na área, não acertou bem na bola. Foi um pouco a imagem do seu jogo, algum desacerto na definição, quer ofensiva quer defensiva, poucas ideias para tirar Weverson da sua zona de conforto e a ter, ele sim, dificuldades de posicionamento perante as trocas sucessivas das suas referências de marcação. 

Pepe (4) - Muito lento na reação à fuga de Mújica no golo inaugural do Arouca, como toda a equipa, diga-se, porque o adversário desenhou esse primeiro lance de perigo sem que um único portista o contestasse. Para agravar uma noite infeliz do capitão, cometeu o penálti (braço na bola) que Cristo transformou no 2-1. 

Fábio Cardoso (4) -Nem a assistência para o golo de Francisco Conceição o salva de uma jornada negra. O desacerto (no corte, no passe, no ataque às dobras) formou um quadro geral de uma atuação muito fraca do central, que foi expulso na compensação, por acumulação de cartões amarelos, depois de falta feia e escusada sobre Miguel Puche. No golo de Jason, a sua oposição à diagonal do espanhol foi inexistente, assim como aconteceu no centro de Cristo para o golo de Mújica

Wendell (4) - Dos mais inconformados do FC Porto, o que, para o caso, de pouco lhe valeu. No primeiro golo deixou o odioso da questão a Fábio Cardoso, que não intercetou o cruzamento do espanhol, mas até ao intervalo subiu de produção. Bem a recuperar uma bola para injetar imediatamente o remate (28’), defensivamente esteve mais sólido. Depois… deu-se a queda, o amarelo que o atirou para fora do jogo contra o Estr. Amadora e a substituição, aos 77’. 

Alan Varela (4) -Travou a fundo aos 37’, saindo com queixas no gémeo esquerdo de uma disputa mais dura com Jason. Seis minutos depois saiu rendido por Eustáquio, num jogo que não estava a ser fácil para o argentino, isto porque a criatividade do meio-campo do Arouca deu-lhe muito que fazer. 

Nico González (4) - Roubou bem uma bola a meio-campo e quando apareceu em zona privilegiada para rematar, o acerto não foi o melhor (28’). Um apontamento, dos poucos que teve num duelo em que voltou a revelar pecados antigos em matéria de agressividade  (ou falta dela), vendo-se cercado pela arte de David Simão e o sentido operário de Pedro Santos.

Francisco Conceição (5) -O FC Porto insistiu muito em atacar pelo seu flanco, mas a realidade é que o Arouca compactou-se bem para anular a sua influência e, do ponto de vista estratégico, funcionou tudo bem até o extremo aparecer solto na área para fazer o 3-2, aos 87’, e reavivar a chama azul e branca. Digamos que Francisco chegou tarde demais.

Pepê (5) - Muito esforçado, a tirar algumas faltas e com a sua habitual irreverência a colocar alguma pimenta no futebol portista. Com os golos do Arouca o jogo tornou-se mais confuso (até na sua cabeça) e com as primeiras substituições desceu para lateral-direito, para, no final do jogo, acabar a atacar. 

Galeno (4) -Ao atrevimento do Arouca respondeu com um conjunto de boas iniciativas pelo lado esquerdo do ataque portista e aos 15’, num remate forte e em arco, convocou Arruabarrena para espetacular defesa. A bateria durou pouco depois do intervalo, o esgotamento físico levou-o a desaparecer do jogo e quando o Arouca fez o 3-1 foi substituído por Taremi (68’). 

Suplentes

Eustáquio (4) -Entrou aos 43’ por Alan Varela e não se pode dizer que o luso-canadiano tenha aproveitado a partida e o azar do concorrente para recuperar o lugar que já foi seu. Dependendo da gravidade da lesão de Varela, até poderá ser titular na próxima jornada, mas não será por via do seu desempenho em Arouca, isso é seguro…

Taremi (4) - Da Taça da Ásia para o banco, de onde saltou para tentar tirar o coelho da cartola. Apareceu uma vez na área, sem criar perigo. 

Gonçalo Borges (4) - Desta vez entrou mais cedo no jogo (68’), mas o Arouca soube fechar-lhe muito bem os caminhos para a área. 

Toni Martínez (4) -Um remate ao lado. E nem contou para a estatística, porque estava fora de jogo. 

Iván Jaime (5) - Assim que entrou, colocou Arruabarrena em sentido, com um remate muito perigoso e cheio de pólvora. Ficou a ideia de que a ordem de entrada dos suplentes devia ter sido outra, com o espanhol a justificar mais tempo em campo, porque com ele o FC Porto sempre soltou mais ideias.