Análise de Vítor Bruno, treinador do FC Porto, depois do triunfo sobre o Farense.
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O erro de Otávio, o problema de Martim e o enorme Ricardo Velho: tudo o que disse Vítor Bruno na sala de imprensa

NACIONAL15.09.202419:08

Treinador do FC Porto defendeu o central, falou da ausência de Wendell e de um problema pessoal que afastou Martim Fernandes da seleção de sub-21

- Que leitura faz do jogo e se lhe passou pela cabeça que não era o dia ideal para ter o Ricardo Velho pela frente?

-  O encanto do futebol é muito esse. A arte de defender uma baliza. O Ricardo Velho fez, como disse, uma exibição que vai recordar para a vida. É claro, é inequívoco, é tão evidente que, sinceramente, é daquelas conferências que é muito fácil falar do jogo: foi um FC Porto avassalador, a falhar oportunidades em catadupa, umas atrás das outras, e depois acaba o jogo com uma diferença que não espelha em nada aquilo que se passou. Várias ocasiões, quatro bolas nos postes, foi isto.

Análise de Vítor Bruno, treinador do FC Porto, depois do triunfo sobre o Farense.
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- Promoveu a estreia de Nehuén Pérez e Francisco Moura. Passou-lhe pela cabeça também substituir Otávio, depois da exibição do central em Alvalade? Isso porque no golo de Tomané também não esteve particularmente feliz.

- Tirar o Otávio não me passou pela cabeça em nenhum momento. Faz parte da vida de um jogador, do crescimento dele, daquilo que é o grau de maturidade que ele vai ter que atingir, ninguém é crucificado aqui por erros. O erro faz parte da condição humana, estou farto de dizer e reitero, a equipa faz questão de fazer um escudo protetor em torno de um jogador que possa cometer um erro. É um jogador novo, que está a crescer, que há pouco tempo estava numa realidade diferente. Com todo o respeito pelo Famalicão, a exigência aqui é outra, é importante que ele agora aprenda. Essa é a nossa missão também, de quem está do lado de cá, dos treinadores. Acreditamos muito naquilo que ele pode dar, já nos deu muita coisa boa, agora é importante a aprendizagem, que não volte a cometer os mesmos erros. Estamos cá para dar cobertura a tudo aquilo que possa acontecer com qualquer Otávio do plantel. Nunca ninguém vai ser crucificado por um erro e criar um estigma que para mim não faz sentido.

- A utilização dos reforços vem no seguimento do que disse na véspera, que os que ficaram no Olival tinham mais chances de jogar?

- Como falamos no lançamento do jogo, ficaram cá, trabalharam muito, na linha defensiva é sempre uma linha que obedece a muitas regras, a muitos pressupostos, eles têm de estar absolutamente afinados com aquilo que é um trabalho que tem de estar sincronizado. São jogadores que trabalharam muito estas duas semanas juntos, o João Mário também ficou cá, o Moura também estava a jogar, o Pérez também tinha rotinas de Itália. Avancei com aqueles que senti que eram melhores para abordar o jogo.

 - Falou da titularidade de João Mário. O Martim Fernandes também trabalhou no Olival e não foi chamado à seleção…

- O Martim não foi chamado à seleção por um motivo que não é estritamente desportivo, foi de ordem pessoal. Só por esse motivo é que ele não foi. Tivemos uma conversa com o Rui Jorge (selecionador sub-21), ele pode atestar aquilo que estou a dizer, só por esse motivo é que ele não foi.

Vítor Bruno, treinador do FC Porto, esclarece situação do jovem lateral e revela conversa com Rui Jorge.
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 - Na época passada o FC Porto também teve dificuldades com blocos baixos. Acha que pode acontecer o mesmo, agora?

-Estou apenas refém daquilo que eu vejo diariamente em treino. A partir daí tomo decisões. Cabe-me falar apenas deste ano. Ficaria preocupado se não visse 12, 13, 14 ocasiões de golo claras. E atenção que o Farense não veio aqui jogar com aquele bloco baixo, tão baixo como muitas equipas fazem. Chegámos à baliza em orientação ofensiva, de forma ligada. Se analisarem a fundo o jogo, podem ver a riqueza que eu vi e que senti no campo e que faltou apenas o xeque-mate final, pôr a bola dentro da baliza. Estacionámos muitas vezes o nosso bloco em cima do bloco do Farense. Quem entrou foi importante, não apenas o Samu pelo golo. Sabem o que pedimos quando trabalhamos determinado tipo de nuance. Com o Franco mais baixo, com o Franco mais alto. Com o Nico de pivô, com o Nico mais perto do avançado. A partir desse momento é perceber o jogo, ver o que é que ele está a pedir. Às vezes acertamos, outra não. Quem veio de fora acrescentou valor e ajudou muito aquilo que foi o resultado final, que volto a dizer.

Análise de Vítor Bruno, treinador do FC Porto, depois do triunfo sobre os algarvios.
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- Wendell não fez parte das escolhas. O que diferencia o Wendell do Francisco Moura?

- O Moura não tenho dúvida nenhuma, e não quero estar aqui a meter-me no trabalho da Seleção Nacional, mas é alguém que sinto que rapidamente estará à porta também da Seleção A. Perfis diferentes. Perceber o que é que o jogo pede. O Wendell chegou a dois dias do jogo, com viagens longas. Preencher o banco com mais uma opção para lateral-esquerdo, para mim, não fazia sentido. Conto com todos. Eles sabem disso. Depende do jogo. Depende do momento, do contexto individual, como é que eles estão, de que forma é que estão enraizados com os conceitos que nos movem. A partir daí vão ao jogo. Acredito muito naquilo que eles podem dar. Estou muito contente com todo o plantel. Com todos eles. Depois é uma questão de decisão. Sou pago para isso. Naturalmente não estarão muito satisfeitos os que ficaram de fora. Também não os quero satisfeitos com essa condição. Quero-os revoltados, mas com um compromisso total com aquilo que é o trabalho e muito fiéis àquilo que é a nossa forma de trabalhar.

Treinador do FC Porto falou ainda de Wendell, Zaidu e Galeno.
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