Jogou râguebi e tem laços de sangue com lendária atriz de Hollywood: eis a nova estrela do Real Madrid

Gonzalo García está a ser a grande surpresa do Mundial de Clubes. Lançado às feras devido à gastroenterite aguda de Kylian Mbappé que afastou o francês dos três primeiros jogos da fase de grupos, o avançado de 21 anos aproveitou a oportunidade para ganhar um protagonismo que poucos adivinhavam e é neste momento o melhor marcador da equipa, com três golos em quatro jogos, o último dos quais num excelente cabeceamento que ditou o triunfo sobre a Juventus, nos oitavos de final.

Mesmo para os adeptos do Real Madrid é uma surpresa a regularidade de García, apesar de os números dele mostrarem que tem uma boa relação com as balizas. Goleador do Castilla (equipa secundária do clube), bebeu dos ensinamentos de Raúl González e não por acaso começam a fazer-se as habituais comparações com o antigo n.º 7 dos merengues: é jovem, é espanhol, é versátil, não é um ponta de lança clássico e sabe sempre onde a bola vai estar.

«Fico muito orgulhoso que me comparem a ele. Passei dois anos maravilhosos com Raúl», disse Gonzalo García, à DAZN. Afinal, foram 24 golos marcados em 36 jogos pelo Castilla na época passada, o que chamou a atenção a Carlo Ancelotti, tendo-o chamado a alguns jogos da equipa principal. E numa dessas partidas tornou-se decisivo: foi ele o autor do golo da vitória (3-2) diante do Laganés, a 5 de fevereiro, que colocou os blancos nas meias-finais da Taça do Rei.

Desde muito novo nas camadas jovens do Real Madrid (com uma passagem de um ano pelo Maiorca), Gonzalo García é um jovem com apetência para outro desporto que não o futebol: chegou a ser praticante de râguebi, influenciado pelos tios, os Torres Morote, que têm uma história marcante neste desporto em Espanha.

Mas há ainda outra curiosidade familiar: o avançado do Real Madrid tem um grau de parentesco com a lendária atriz de Hollywood Rita Hayworth (The Lady from Shanghai, Gilda, The Strawberry Blonde, entre outros), que era prima do seu avô, o toureiro sevilhano Manuel Torres Cansino, que também exerceu influência no jovem futebolista: também andou pelas arenas. Um passado e um código genético composto, portanto, que fazem deste promissor avançado um caso a seguir. Mesmo que esteja à sombra de Mbappé.