Jogadores da Juventus ignoram comentário transfóbico de Donald Trump
Equipa italiana serviu ainda de pano de fundo enquanto Presidente do Estados Unidos admitia bombardear o Irão
Antes de se estrear no Mundial de Clubes diante do Al Ain em Washington, a equipa da Juventus foi recebida por Donald Trump na Sala Oval da Casa Branca. O encontro ficou marcado por um comentário deselegante do presidente dos Estados Unidos da América.
Após reafirmar a política da adminstração que preside contra a presença de pessoas transgénero no desporto feminino, Donald Trump dirigiu-se ao plantel bianconeri e perguntou «Uma mulher podia integrar a vossa equipa? Seria giro».
O diretor-geral da Juventus Damien Comolli ainda procurou colocar água na fervura ao afirmar que o clube conta com uma «equipa feminina muito boa», mas o chefe de estado norte-americano contrapôs prontamente que «mulheres deviam jogar com mulheres». Os vários jogadores presentes desvalorizaram os comentários de Trump.
Desde que tomou posse no início de janeiro, a administração Trump promulgou diversos decreto-lei para diminuir os direitos das pessoas transgénero, com destaque para proibição de troca de género no documento de identificação e limitação de participação em desportos femininos para atletas que nasceram biologicamente mulheres.
Durante a mesma visita, que contou com a participação do presidente da FIFA Gianni Infantino, Donald Trump respondeu a diversas questões sobre... o conflito armado entre o Irão e o Iraque: «Talvez tenhamos de lutar e pode terminar rápido. De qualquer forma, não podemos permitir que o Irão tenha armamento nuclear.»