João Rafael Koehler compara Villas-Boas a Vale e Azevedo
Foto GRAFISLAB

ENTREVISTA A BOLA João Rafael Koehler compara Villas-Boas a Vale e Azevedo

FUTEBOL20.03.202401:12

Grande entrevista ao homem forte das finanças na candidatura de Pinto da Costa para um 16.º mandato à frente dos destinos do FC Porto

Antigo crítico da gestão de Pinto da Costa, o empresário é hoje o rosto forte da lista do presidente do FC Porto. Nesta entrevista apresenta soluções para driblar as dificuldades de tesouraria da SAD e aponta a mira à candidatura de André Villas-Boas, atacando a forma como o antigo treinador propõe rasgar acordos e negócios em curso. «Nesse aspeto é parecido com Vale e Azevedo», atira, considerando que só há uma solução para o clube ganhar: a continuidade. Segue um primeiro excerto do trabalho.

- Considera que tem faltado debate de ideias nesta campanha para as eleições dos órgãos sociais do FC Porto?

- Nem estão interessados em debater ideias. Quando alguém me diz «eu vou fazer uma academia» num terreno que é reserva ecológica, onde não dá para fazer... a Comunicação Social de Lisboa aplaude. Vai resolver os problemas financeiros do Porto em 12 ou 15 anos. Tudo aplaude. São ideias espetaculares, mas com algum escrutínio isto não passava em lado nenhum do mundo, isto é mau demais para ser verdade, é muito fraco. Depois diz, um dia, «os contratos todos que o FC Porto fez vou rasgá-los todos». Só houve uma pessoa que me recordo de ter dito dito isso, que foi o Vale e Azevedo. Portanto, nesse aspeto, está a copiar um estilo do Vale e Azevedo e, também, na altura, o Vale e Azevedo tinha muito apoio da comunicação social, de uma certa comunicação social de Lisboa. Nesse aspeto, muito parecidos.

- Considera mesmo que há um apoio de comunicação social de Lisboa a Villas-Boas?

- Sem qualquer tipo de dúvida. Acho que o tratamento é diferente, aliás dei-vos aqui alguns exemplos. Se fizesse parte de uma candidatura que estava a projetar uma academia num determinado local, tentava perceber se aquilo era possível ou se não era possível, mas ninguém lá foi.

- A comunicação social do Porto também não foi. Estava a perguntar-lhe porque falou da comunicação social de Lisboa…

- Eu indaguei e percebi rápido. Mas, repare, explicámos isto numa entrevista ao Jornal de Notícias. Não permite. Nem tinha sequer, na altura, entrado um pedido de informação prévia. Você não pode dizer que vai construir o que quer que seja sem ter uma resposta primeiro. Porque é uma irresponsabilidade.