)
João Félix: Benfica abre um pouco mais a carteira
João Félix continua a ser um processo difícil, mas possível, para o Benfica, muito dependendo, todavia, da arte de Jorge Mendes para convencer Behdad Eghbali, bilionário iraniano-americano e dono do Chelsea.
Da reunião desta quinta-feira no Estádio da Luz entre a cúpula da Gestifute, formada por Jorge Mendes, João Camacho e Valdir, e as altas patentes encarnadas, lideradas pelo presidente Rui Costa, não saiu fumo branco, longe disso, pois o Benfica quer manter o negócio sob controlo, estabelecendo orçamento e limites para a transferência.
A SAD ficou a saber, pelo agente de João Félix, Jorge Mendes, que tem acesso ao dono do Chelsea, que €20 milhões por metade do passe poderá ser curto para fechar o negócio. Mesmo com garantias avançadas pelo agente, e que não são do conhecimento público, o número não está a agradar aos blues, que lidaram na transferência de Enzo Fernández com a inflexibilidade de Rui Costa — o médio argentino saiu pela cláusula de rescisão e custou €121 milhões.
Haverá, sabe A BOLA, abertura por parte das águias para subir a parada, embora com limites, e chegar aos €25 milhões pela transferência. Os salários do jogador, que não são para brincadeiras, estão neste momento num plano secundário, problema para resolver depois do acordo entre Benfica e Chelsea, se ele chegar.
João Félix, atacante de 25 anos, internacional português, terá folha salarial sem precedentes na Luz, onde o teto salarial é ligeiramente superior a €4 milhões brutos por temporada, mas não é essa agora a preocupação.
)
Após o referido encontro no Estádio da Luz, ficou assente que Jorge Mendes terá então de encontrar uma forma de convencer Behdad Eghbali, com as ferramentas que o Benfica lhe deu e que não deverão passar dos tais €25 milhões. Pela transferência, porque empréstimo simples, com opção de compra, nem sequer é admitido pelos ingleses.
Bruno Lage, treinador do Benfica, fez a sua parte e convenceu o jogador, mas o regresso de João Félix à Luz dificilmente poderá significar mais do que uma temporada em Lisboa.
No interesse do Chelsea, se aceitar a venda de metade do passe por valores inferiores, ou próximos, daqueles que pagou ao Atlético de Madrid há um ano (ligeiramente acima dos €50 milhões), estará, seguramente, uma transferência rápida do internacional português, para a Europa ou para a Arábia Saudita, que permitisse encaixe compensatório.