Gabri, Cláudio Ramos e o primeiro passo para o FC Porto do futuro: tudo o que disse Anselmi
Martín Anselmi analisou, na sala de imprensa do MetLife Stadium, a estreia do FC Porto no Mundial de Clubes contra o Palmeiras, que terminou com um empate sem golos, referente ao grupo A.
— Estêvão e Abel disseram que sentiram que o relvado estava lento e impactou estilo de jogo. O que lhe pareceu?
— O relvado tornou a nossa equipa imprecisa, sobretudo na primeira parte. Chegámos a encontrar vantagens e quando tentámos acelerar, surgiram alguns erros na circulação. É assim, o relvado é o mesmo para as duas equipas. Tivemos de adaptarmos e acho que conseguimos.
— O que achou da exibição do FC Porto e em específico do jogo do Cláudio Ramos?
— O nosso objetivo era competir. Hoje o FC Porto competiu. Viemos de uma pré-temporada, foi o nosso primeiro jogo com esta intensidade e este ritmo. Acho que estivemos bem na primeira parte e nos dez minutos da segunda parte. As oportunidades deles na primeira parte surgiram de lances que não finalizámos as jogadas. Competimos bem, entendemos como tínhamos de defender. Sabíamos que eram fortes pela direita e por isso, fomos de dentro para fora com Gabri e Moura e com Marcano a defender a dupla largura com Estêvão e Felipe Anderson, Estêvão acabou por trocar de lado. Na direita jogámos mais por fora com Martin Fernandes e João Mário. Encontrámos boas sequências de passe, mas faltou-nos maior precisão. Tivemos a ocasião do Samu, a oportunidade do Rodrigo, bastante clara. O Cláudio mostrou toda a sua categoria. Está há cinco anos no clube, tem capacidade para jogar e já o fez em jogos muito importantes. Estávamos tranquilos em relação à sua exibição. A falta de ritmo pesou com o passar do tempo, perdemos controlo da bola, mas não do jogo. Temos de saber lutar até final. Fico com o facto de os jogadores terem lutado. O FC Porto foi competitivo contra um grande rival.
— Deixou para trás o adversário mais difícil?
— O jogo seguinte é o mais importante. Ganhar atualmente não é fácil. Não há adversários fáceis, ninguém dá nada a ninguém. Houve uma diferença grande num dos jogos hoje, mas não é o caso do nosso grupo. Os dois rivais contra quem vamos jogar têm qualidade. O jogo mais importante é o próximo. Calhou bem jogarmos primeiro com o Palmeiras, deu-nos bom ritmo de jogo, é algo que precisamos de ter de forma constante. Nesse aspeto foi bom jogarmos primeiro com o Palmeiras.
— É Dia do Pai na Argentina. Como pai, como é estar longe dos dois filhos?
— Faz parte da vida. Temos de valorizar o facto de estarmos cá e de poder competir neste tipo de competições e a representar um clube tão grande a nível mundial como o FC Porto. Sentimos saudades da família. Tenho a sorte de ter o meu pai e de poder estar com ele. Há muito tempo que não vivo estes momentos com a minha família. O que te tiram num lado, dão-te pelo outro. Estar aqui com este grupo é algo maravilhoso e um grande presente não só para o dia do pai, mas também para o meu aniversário no próximo mês.
— O Palmeiras criou perigo com facilidade em transições. Preocupa-o?
— Temos de ver o tipo de transições. Há transições que surgiram de perdas de bola na nossa saída de bola. Há mérito do Palmeiras na ocasião mais clara, queríamos estar equilibrados com três mais dois. Sabíamos que Palmeiras é muito efetivo em transições e por isso, tentámos ter três defesas, Varela e um ala. No final, o futebol não se pode controlar tudo. Não é fácil recuperar 60 metros. As outras transições resultaram de maus domínios e passes junto da nossa área.
— Como viu estreia do Gabri Veiga?
—Vi o Gabri muito bem. Se calhar nem uma semana treinou. Mas sabemos o potencial que ele tem. Estamos felizes por trabalhar com ele e queremos potenciar toda a capacidade que tem. Fez 65 minutos muito bons numa equipa que ainda não conhece. Vai continuar a evoluir com o tempo.
— Qual a opinião sobre a entrada das equipas, os jogadores entraram um a um…
— É um pouco lento. Foi estranho, prefiro a entrada mais tradicional. Tanto show é redundante.
— Os adeptos do FC Porto esperavam um jogo difícil, equilibrado, mas a equipa esteve muito na primeira parte, tentou ganhar e criou ocasiões. O empate é considerado um bom resultado?
— Fizemos a época que fizemos e sabemos que o primeiro que temos de fazer é mudar essa imagem. E para isso, há que lutar e competir até ao último minuto. Depois está o resultado. Queremos ganhar todos os jogos em que competimos, estamos feitos e gostamos de ganhar. Mas fico com os 60 minutos de um FC Porto, sem ritmo, porque fizemos amigáveis, mas não é o mesmo que jogar contra o Palmeiras. Competimos muito bem, deixámos imagem do que queremos ser em termos de luta. Temos de marcar este jogo com um pontapé do que queremos ser. Temos de continuar a melhorar, mas a competir assim vamos dar mais alegrias que tristezas [aos adeptos]. Fico com a sensação de que fomos uma equipa. O mais importante é sermos uma equipa, só assim seremos o FC Porto que os adeptos querem ver.
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