Euro feminino: De Portugal FC, com amor
Há gestos que valem por mil palavras. Faltavam poucos minutos para as 13 horas quando, à porta do hotel onde a comitiva lusa ficará hospedada em Berna, onde fará hoje o primeiro jogo do certame, chegaram dois homens com camisolas iguais e de saco na mão, sorridentes, a dizer bom dia em português.
Dois Andrés. O Almeida já nascido na Suíça, claro está com descendência portuguesa, e o Azevedo, emigrante há 14 anos por terras helvéticas. No logotipo estampado nas camisolas era visível o nome: Portugal FC.
«Foi fundado em 2001 e estamos a dar continuidade a essa fundação. A história deste clube é de muita luta, de muito sacrifício e de muita capacidade de trabalho. Estamos num país estrangeiro e temos de procurar apoios, patrocínios, mas temos conseguido. Neste momento temos duas equipas de futebol e uma de futsal, a evolução do clube tem sido fantástica nos últimos três/quatro anos e queremos continuar a evoluir e a apostar na formação e, no futuro, também no futebol feminino. Passo a passo, dentro das nossa possibilidades», contou a A BOLA o treinador, a quem o presidente, pouco dado a falas, justificou, passou a palavra.
As equipas jogam no campeonato distrital de Berna e os jogadores que representam o Portugal FC são 95% portugueses, mas o treinador deixou uma garantia: «Não fechamos a porta a outras nacionalidades porque queremos ser competitivos e, não conseguindo ter todo o talento de portugueses, aceitamos outros.»
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Mas o que é que os levou à porta do hotel da Seleção Nacional? «É um ritual do Portugal FC, recebermos bem as equipas portuguesas que vêm à Suíça, principalmente no cantão de Berna. Viemos oferecer uma camisola e um cachecol do nosso clube como boas-vindas e sinal de respeito, queremos que se sintam em casa».
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