Destaques do Sporting: Um leão muito sério que não está para brincadeiras
Gonçalo Inácio foi a principal figura de um leão que não tirou o é o Alvalade (D.R.)

Destaques do Sporting: Um leão muito sério que não está para brincadeiras

NACIONAL14.12.202322:52

Exibição positiva, num jogo frio, sem contas por fazer, ninguém tirou o pé. Gonçalo Inácio bisou, Essugo e Pedro Gonçalves foram... alas. E uma grande injeção de confiança para o Clássico

Melhor em campo - Gonçalo Inácio (8)

Crescido. A cada jogo que passa dá sinais de estar preparado para outros voos. Com Roberto Martínez na bancada, o central começou no banco (em gestão) mas quando entrou não se poupou. E chegou-se à frente com eficácia defensiva, sem conceder espaços ao adversário, e a mostrar uma das suas melhores qualidades: o jogo aéreo. Foi dessa forma, num desvio de cabeça, que marcou o seu primeiro golo. E ainda a tempo de fazer outro, à matador, oportuno, a aproveitar um golpe de cabeça de Coates que enviou uma boa ao ferro. Na recarga, no coração da área, bisou. E aguçou (ainda) mais o apetite dos gigantes europeus que ontem estiveram em Alvalade.

Franco Israel (6)
- Comunicativo. Numa noite de pouco trabalho, à exceção de defesa segura a Lavalée (27’), o uruguaio cumpriu. Sem hesitações, bom jogo de pés, a tentar corrigir e liderar os colegas.  

Neto (5)
- Negligente. Com passes mal medidos, sobretudo na fase inicial, que poderiam ter sido fatais. Uma confiança elevada com bola, algumas vezes em demasia, foi deixando o leão em perigo em lances que desequilibraram a equipa. Terminou melhor, bem mais seguro. 

Coates (6)
- Tranquilo. Não precisou de correr muito para ir anulando as escassas ameaças austríacas. Destacou-se, curiosamente, no passe longo, quebrando linhas para os alas leoninos. Quase marcou (71’), após canto, enviou ao ferro para o colega Gonçalo Inácio… empurrar na recarga. 

Matheus Reis (7)
- Eloquente. O lance que desenhou para o golo de Gyokeres. Com classe, criatividade e assertividade, ofereceu o golo ao sueco numa noite com muitos pontos altos. Um dos levou a sério uma partida em que mostrou muita objetividade. Uma importante injeção de confiança para o clássico? Adivinha-se que sim, pois ficou no balneário ao intervalo…

Ricardo Esgaio (7)
- Ativo. Foi pelo seu corredor que mais o leão esticou o jogo. E o ala teve sempre papel importante em manter os níveis competitivos elevados. Enorme fulgor físico, entendimento perfeito com Trincão, um jogo levado com seriedade nos quase 60 minutos em campo.  

Daniel Bragança (6)
- Perfeccionista. Com bola no pé, claro está. Teve espaço e, por isso, conseguiu ser o condutor da equipa na manobra ofensiva. Denotou, porém, maiores dificuldades quando tinha de correr atrás do prejuízo, leia-se, adversário. Ainda assim, olhando para balança, fez muito mais ações positivas e terminou com boa nota.   

Hjulmand (7)
- Omnipresente. Parece estar em todo o lado. E está diferente daqueles primeiros jogos. Alargou o raio de ação, melhorou o timing para sair e apoiar o ataque, sempre com inteligência na ocupação do espaço e na recuperação. E mais audaz, pois arriscou o golo em duas ocasiões (31’ e 35’). 

Nuno Santos (6)
- Fiel. Ao seu jogo, sem tirar o pé, sempre vertical no seu corredor. E, talvez inspirado pela nomeação do Puskas, até poderia ter marcado nos primeiros segundos não fosse uma enorme defesa de Scherpen. Uma exibição segura, eficaz a fechar e muito ambicioso no ataque. 

Trincão (6)
- Incompreendido. Por vezes parece aquele génio capaz de transformar tudo em ouro, mas que ninguém gosta. Porque não faz o que parece ser mais fácil. Como fez aos minuto 18’ (brilhante) em que tira quase todos os adversários do caminho mas não fez golo. E essa desilusão e falta de continuidade depressa é transportada para a bancada. Uma noite positiva, mas em que faltou aquele bocadinho assim… para ser triunfante.  

Gyokeres (7)
- Produtivo. Não foi, nem um pouco mais ou menos, um dos seus melhores jogos. Mas nem isso o inibiu de procurar a baliza e fazer estragos. Um sueco mais ‘poupadinho’ que voltou a marcar, a abrir caminho para a vitória, a enviar uma bola ao ferro, e a deixar a cabeça em água aos defesas austríacos. 

Gyokeres fez o 16.º golo na temporada

Paulinho (5)
- Generoso. O seu espírito combativo e de entrega parece inegociável. Correu, andou sempre perto do golo, mas faltou aqui ou ali maior frieza. Mas saiu-se bem e com uma assistência perfeita que Gyokeres quase marcou (enviou ao ferro…)   

Suplentes

Edwards (7)
- Decisivo. Com dois pontapés de canto que originaram os golos de Gonçalo Inácio. Muita vontade em querer marcar posição.

Morita (6)
- Tranquilo. Dinâmico, assertivo no passe, deu maior critério (e tranquilidade) no transporte. 

Essugo (6)
- Surpreendente. A sua adaptação a ala direito como alternativa a Esgaio. Mas arrancou aplausos em Alvalade pela velocidade na recuperação pelo corredor. 

Pedro Gonçalves (6)
- Empenhado. Nos minutos em que esteve em campo, sem tempo para ser figura, mas o suficiente para deixar marca de qualidade. Mesmo terminando como… ala esquerdo.