Destaques do FC Porto: foi só Francisco Conceição quem levou o jogo a sério
Francisco Conceição derrubou a muralha leixonense. Foto: MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

Destaques do FC Porto: foi só Francisco Conceição quem levou o jogo a sério

NACIONAL23.12.202323:44

Diabruras do jovem tecnicista contrastaram com a desinspiração portista; Grujic complicou o que parecia fácil; Sérgio Conceição chamou os pesos-pesados e Taremi resolveu de penálti

Melhor em campo: FRANCISCO CONCEIÇÃO (7)

Agitador, dinamizador, desequilibrador. São todos adjetivos que podem qualificar a exibição de grande nível de Francisco Conceição, sempre o elemento mais inconformado na equipa orientada por Sérgio Conceição. Foi com um belo golo num remate forte que abriu as hostilidades na noite gélida do Estádio do Dragão, mas o recital continuou e só não marcou por mais do que uma vez porque encontrou pela frente um inspirado Stefanovic. O jovem extremo levou muita porrada, mas mesmo assim deu sempre o corpo ao manifesto, ainda que o jogo nada tivesse em discussão. Foi ovacionado pelos adeptos, que viram um pouco de magia numa noite natalícia.

CLÁUDIO RAMOS (6) — Bem na saída dos postes e também a funcionar como ‘líbero’ do quarteto defensivo do FC Porto. Sempre atento às transições do Leixões, só não conseguiu evitar o golo matosinhense, superiormente apontado por Fabinho numa grande penalidade. 

 

JOÃO MÁRIO (6) — Muito dinamismo pelo seu flanco, mormente no primeiro tempo, onde, juntamente com Francisco Conceição, deram água pela barba à defensiva contrária. Exibição segura do internacional português. 

 

FÁBIO CARDOSO (6) — Sem Pepe e Diogo Costa em campo, capitaneou o FC_Porto num jogo em que esteve sempre atento às movimentações de Afonso Amorim e Moisés Conceição. Nunca comprometeu na sua área de jurisdição. 

ZÉ PEDRO (6) — Perante o castigo de Pepe e David Carmo e a lesão de Marcano, vai somando oportunidades e cumpriu a sua missão contra o Leixões. Com boa capacidade de passe, procurou lançar rapidamente os companheiros, muitas vezes em profundidade. 

 

JOÃO MENDES (5) — Jogo menos conseguido do jovem lateral-esquerdo. Demasiado previsível nas suas ações, raramente se aventurou na linha de fundo para fazer os habituais cruzamentos tensos para zona de finalização. 

GRUJIC (4) — O internacional sérvio parece um corpo estranho sempre que entra na equipa nos últimos tempos. O facto de ser segunda opção não lhe agrada, mas a verdade é que sempre que Sérgio Conceição lhe dá uma oportunidade parece que a rejeita. Infantil o penálti que comete, numa carga pelas costas absolutamente desnecessária sobre Adriano Amorim.

ROMÁRIO BARÓ (6) — Na primeira parte, apesar de bastante massacrado com faltas, foi uma espécie de placa giratória no meio-campo do FC Porto. Sempre de cabeça levantada, como é seu apanágio, fez muitas ligações com o ataque.

ANDRÉ FRANCO (6) — Nota inflacionada com o passe que isolou Evanilson, que depois foi travado à margem das leis na área do Leixões. Muito apagado até então...

IVÁN JAIME (4)— Tarda em se afirmar de dragão ao peito. Parece que não tem chamado a jogar junto à linha e voltou a ser bastante previsível nas suas ações com o Leixões. Ainda se encontra em fase de afinação.

NAMASO (6) — Quase fez o 1-0 após tirar a bola a Stefanovic e depois endossou o esférico para Francisco Conceição abriu a contagem no Dragão. A_jogar como referência na frente parece não se sentir confortável. Ainda assim, provou estar diante do Leixões à frente das opções em relação a Fran Navarro e a Toni Martínez, que nem sequer figuraram na ficha de jogo.

WENDELL (6) — Mais de dois meses depois, regressou à competição e ajudou a segurar a vitória com consistência defensiva. Reabre agora a luta pela titularidade com Zaidu e também com o jovem João Mendes para o que resta da temporada.

GALENO (5) — Deu mais velocidade ao ataque portista, mas pecou, como muitas vezes acontece, na finalização e na definição no último passe. Tinha condições, pelo menos num lance clamoroso, de fazer golo se não fosse tão precipitado nas suas ações.

EVANILSON (6) — Abriu a frente de ataque e na primeira oportunidade que teve disparou forte para a baliza do Leixões. Alguns minutos depois, bem lançado por André Franco, preparava-se para ficar na cara de Stefanovic e foi travado pelo Léo Bolgado.

TAREMI (6) — Depois de Alvalade, onde voltou a ficar em branco, tanto nos golos como na inspiração, voltou a fazer o gosto ao pé, na conversão de um castigo máximo. Atirou forte, Stefanovic ainda adivinhou o lado, mas a bola era indefensável. 

PEPÊ (5) — Entrou apenas para cumprir alguns minutos na partida e teve um passe importante para Francisco Conceição, que poderia dar o 3-1.