Benfica-Bolonha, 0-0 Destaques do Benfica: tanta magia... e nem um coelho saiu da cartola
Di María jogou para vencer, mas desinspiração da equipa no momento da finalização penalizou argentino; Tomás Araújo, que luxo de central!
O melhor em campo: Di María (8)
Tanta magia e nem um coelho saiu da cartola. Começou cedo a mostrar a vontade de bordar a dourado o nome no jogo, com passe de golo para Pavlidis, que não valeu por fora de jogo do grego. Aos 29', porém, tentou ele próprio visar a baliza, mas não evitou um adversário e só ganhou o canto. Ao minuto 43 foi ainda mais perigoso e foi então Skorupski a evitar a vantagem encarnada. A segunda parte, porém, foi ainda melhor e à boleia do seu pé esquerdo a equipa foi crescendo no jogo. Passes de qualidade em todas as direções, dribles que faziam realmente a diferença para a sua equipa e uma tentativa de canto direto com o jogo mesmo a terminar foram notas altas, mas o argentino esteve muito bem em praticamente todas as ações. Não fez golos ou assistências, mas terá sido uma das melhores exibições desta passagem na Luz. Ou mesmo a melhor.
Trubin (6) — Ao minuto 10 fez uma bela mancha e desarmou Dallinga, é o que ficará para a história, mas errou claramente um segundo antes, quando hesitou e permitiu que o adversário chegasse primeiro à bola. Aquelas hesitações que eram a face negra do jogo de Vlachodimos. Não voltou, no entanto, a mostrar fraquezas, mas também só trabalhou seriamente mais uma vez, quando, ao minuto 51, aqueceu as mãos com bola forte de Dallinga.
Bah (6) — Iniciou a partida com muita cautela, face à forma corajosa como o Bolonha se apresentou na Luz, e não foi visto praticamente a passar a linha do meio-campo na primeira parte. No segundo tempo, então sim, envolveu-se claramente nas ações ofensivas da equipa e ajudou a criar desequilíbrios. E esteve perto do golo ao minuto 59, quando atirou à baliza o que poderia ter sido um cruzamento, quase surpreendendo.
Tomás Araújo (8) — Um passe de 50 metros ao minuto 36 foi das melhores coisinhas que foram vistas na primeira parte. Esteve em grande nas dobras, nas compensações, nos cortes, na velocidade em todo o jogo. Um luxo.
Otamendi (7) — Ultrapassado por Dallinga aos 51', foi rápido a recuperar e chegou a tempo de evitar a recarga. Ganhou quase sempre os seus duelos e foi inteligente a gerir os problemas disciplinares da equipa, atraindo a atenção do árbitro e desviando-a, por exemplo, de Kokçu, que estava a pedir sarilhos.
Álvaro Carreras (7) — Pouco inspirado ofensivamente na primeira parte... até aos 43', quando sacou lance espetacular, bola por um lado, espanhol pelo outro, antes de cruzar impecavelmente para Di María. Dois minutos depois assumiu a finalização, mas atirou contra um adversário, sinal, ainda assim, de que poderia ser um desequilibrador na segunda parte. E foi mesmo!
Aursnes (6) — Em boa posição aos 36', nem sequer tentou o drible, limitou-se a atirar contra o adversário, aos 40' errou passe, aos 41' uma receção falhada. Salvou-se o minuto 45, quando serviu bem Carreras. Subiu de rendimento na segunda parte, oferecendo a Di María uma ocasião para marcar (Amdouni talvez fosse melhor opção), mas pareceu, às vezes, lento e cansado.
Florentino (5) — Não entrou bem no jogo: primeiro cabeceou uma bola para a frente que poderia ter sido facilmente dominada com o peito e guardada, depois, ao minuto 5, mais grave, permitiu que Dallinga intercetasse passe mesmo em frente à área do Benfica. Teve sorte, pois o remate de Fabbian foi horrível. Foi aquecendo à sua maneira, mas nunca subiu de um nível médio.
Kokçu (5) — Aos 38', boa saída em drible, seguida de passe, mas esteve sempre muito amarrado na primeira parte. Com a equipa recuada, sente mais dificuldade, não é jogador de equipa defensiva. Depois, no segundo tempo, apesar de mais ativo e ofensivo, teve problemas disciplinares. Saiu com um amarelo... e o risco do segundo.
Pavlidis (4) — Finalizou com qualidade ao minuto 2, mas estava adiantado. Quando estava em jogo, não conseguiu marcar. Sente-se a aflição do grego, já nitidamente afetado pela pressão. Aos 16', fugiu pela esquerda e, sem apoio, atirou por cima, aos 24' precipitou-se, errando o passe depois de intercetar a bola no ataque, segundos depois viu amarelo. Aos 38', perdeu a bola depois de gesto tecnicamente imperfeito. Foi, todavia, à luta e aos 65' esteve bem perto de marcar. Dominou bola difícil, mas não evitou o voo de Skorupski.
Akturkoglu (6) — Aos 29', poderia ter isolado Di María, passe saiu comprido, aos 36' recolheu belo passe de Tomás Araújo e serviu Aursnes. Foi generoso, mas nunca teve a sua ocasião.
Amdouni (6) — Entrou aos 72' e esteve duas vezes perto do golo, Skorupski não o permitiu.
Beste (5) — Entrou aos 72' e manteve a energia no flanco.
Arthur Cabral (4) — Entrou aos 80' e mal tocou na bola. Mas não mostrou grande frescura.