Destaques do Benfica: duas prendas Di aniversário
Di María destacou passagem do Benfica à próxima fase da Liga Europa (D.R.)

Destaques do Benfica: duas prendas Di aniversário

NACIONAL15.02.202423:15

Argentino bisa da marca do penálti, Rafa desequilibra q.b., João Neves é a alma, o músculo e o cérebro da equipa

O melhor em campo: Di María (7)

Procurou várias vezes a desmarcação na primeira meia hora, mas havia sempre um detalhe que falhava, a bola acabava invariavelmente por sair pela linha de fundo. Mas estava com vontade de ser agente positivo e sobressaiu com bola boa para Rafa, aos 36’, isolando o companheiro na área. Mais discreto na segunda parte, até ao momento em que assumiu a marcação do penálti que rendeu o 1-0, ao minuto 68. Logo a seguir, belo passe a isolar Arthur Cabral, aos 72’, e aos 83’ atirou de longe, mas ao lado. Poderia ter terminado com um livre bem marcado, na direção de Otamendi, mas não, ainda recebeu nova prenda pelo 36.º aniversário, celebrado esta quarta-feira. Segundo penálti convertido.

Trubin (5) — Um espectador durante toda a primeira parte. Uma primeira defesa ao minuto 55’, disparo de Sierro, bola direitinha para as mãos do ucraniano, fácil. Depois, depois um golo sofrido sem culpas. Jogo ingrato.

Aursnes (5) — Bela recuperação ao minuto 38’ deu origem a lance de perigo  do Benfica. Foi procurando envolver-se na manobra ofensiva — que lance aos 58!, fugindo a dois adversários antes de cruzar para a área ao fim de 60 metros com a bola —, mas não descurando as suas funções defensivas, e acabou por mudar de posição, ficando com o trabalho de João Mário. Má ação defensiva no golo do Toulouse, primeiro não aliviando a bola da melhor forma, depois deixando-se surpreender por Desler, solto nas costas.

António Silva (5) — Não passou grandes sobressaltos na primeira parte, mas demonstrou alguma falta de agressividade no 1-1, não atacando a bola, que saltava ali mesmo à sua frente, entre adversários.

Otamendi (6) — Cabeçada por cima da trave, ao minuto 29. Tinha espaço para fazer melhor. Do ponto de vista defensivo, impecável, até mesmo na compensação de alguns espaços que Álvaro Carreras ia deixando. Bem perto de marcar ao minuto 80, mas o remate não foi perfeito, longe disso.

Álvaro Carreras (5) — Infeliz do ponto de vista ofensivo, raramente conseguindo meter um drible e não raras vezes perdendo a bola. Valeu-lhe a cobertura de Otamendi e não só. Isto foi a primeira parte. Porque a segunda até começou bem, com uma boa ação defensiva que permitiu a Rafa sair em velocidade e depois a Carreras procurar terrenos não antes pisados. Cruzamento tenso à procura de João Mário, mas sem precisão. Ao minuto 51 apareceu em condições de visar a baliza, atirando para as mãos de Restes. E saiu no melhor momento do jogo.

João Neves (7) — O primeiro remate foi de cabeça, ao minuto 32, no coração da área, desequilibrado. Tardou a encontrar o seu ritmo, aquele que normalmente lhe dá vantangens, mas começou a crescer com o avançar dos ponteiros do relógio. Aos 34’, disparou de primeira, difícil, bola intercetada, mas estava com vontade de sobressair. Segundo tempo de esforço e dedicação, mesmo que nem tudo lhe saísse bem. Sempre a empurrar a equipa com a bola no pé, sempre o primeiro a tentar recuperar a bola quando a equipa a perdia. Alma.

Kokçu (5) — O primeiro a tentar a sorte. Dotado de bom remate, arriscou de longe e a bola não passou muito longe da baliza, ao minuto 15. Alguns bons passes para as costas da defesa do Toulouse, exemplos de aberturas para João Neves e Rafa, mas um ritmo por vezes lento. Agarrado por Skytta, quis soltar-se, mas abusou da força e ainda viu um cartão amarelo. 

Rafa (7) — A primeira ocasião do jogo teve o seu nome, fuga na área, mas mau contacto com a bola, já em esforço. Acertou na malha lateral. Aos 38’, fez melhor, mas acertou na trave. Andava perto da glória, que não chegaria, mas criou desequilíbrio à beira do intervalo, deixando JoãoMário em posição de visar a baliza, o médio errou por pouco. Ao minuto 57’, a bola apareceu-lhe à frente, atirou, mas errou a baliza.

João Mário (5) — Primeira tentativa, ao minuto 28, atirando em zona frontal, mas a bola sofreu um desvio e rendeu apenas pontapé de canto. Foi sentindo a dureza dos adversários na primeira parte, melhor do que a segunda. Pertinho do intervalo teve o golo no pé esquerdo, mas errou a baliza por poucos centímetros. Sairia aos 59’, quando a equipa pedia uma velocidade acima.

Arthur Cabral (5) — Só pertinho do intervalo lhe foi visto um disparo, e mau, de pé esquerdo. Não jogou mal, mas jogou pouco, raramente vendo a bola de perto. Só ao minuto 72’ apareceu realmente com perigo, remate forte, boa defesa de Restes.

Bah (5) — Entrou aos 59’ e esticou o flanco, tornando-o mais veloz. Queixou-se com razão de falta sofrida e não sancionada. Tentou a sorte de longe uma vez, mas não acertou.

Neres (4) — Entrou aos 59’, mas com algum egoísmo, agarrando-se à bola quando deveria soltá-la.

Marcos Leonardo (5) — Entrou aos 88’ e sofreu penálti que deu origem ao 2-1. Nada mal.