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De Bruyne explica o motivo da saída do Man. City para o Nápoles
Kevin De Bruyne foi oficialmente apresentado como jogador do Nápoles numa conferência de imprensa dedicada aos meios de comunicação italianos e o experiente médio, que recebeu a camisola número 11, explicou detalhadamente as razões que o levaram a transferir-se para o campeão italiano a custo zero, proveniente do Manchester City.
«Do ponto de vista competitivo, este é o melhor lugar para mim. Tenho a oportunidade de mostrar as minhas qualidades. O Nápoles é o atual campeão italiano e demonstrou todo o seu potencial. É uma grande mudança em relação a Inglaterra, mas isso só me deixa ainda mais entusiasmado. Tenho a fome e a qualidade para ser competitivo a este nível. O clima também é diferente do de Inglaterra. Queria provar que ainda posso jogar ao mais alto nível. Quando Giovanni Mana me apresentou o projeto, fiquei imediatamente entusiasmado. Acredito que o Nápoles foi a melhor escolha para mim», começou por dizer, destacando a qualidade da Serie A.
«Existem muitas equipas de qualidade neste campeonato, mas o nosso objetivo é apresentarmo-nos bem em todas as competições. Esperamos terminar o mais alto possível na classificação e fazer uma boa campanha. Tenho ainda que perceber como me adaptar à equipa. O Nápoles é bastante diferente daquilo a que estava habituado no Manchester City. É uma nova experiência ao mais alto nível e estou entusiasmado. Acabei de chegar, por isso tenho tempo para me adaptar. Sinto-me bastante tranquilo», explicou, despedindo-se dos citizens.
«Passei toda a minha vida na Premier League, mas decidi seguir em frente. Serei sempre um jogador do City no meu coração, mas esse capítulo terminou e procurava um novo desafio. Este projeto dá-me a oportunidade de continuar a jogar a um nível elevado. A visão do clube mostra que quer investir. Já chegaram 4 ou 5 novos jogadores, por isso estão lançadas as bases para o futuro. Já não sou tão jovem, mas acredito que posso contribuir para o desenvolvimento da equipa e também crescer como parte deste plantel. Antes não acompanhava tanto a Serie A, mas agora vou fazê-lo», garantiu, revelando que falou com alguns compatriotas.
«Liguei tanto a Romelu Lukaku como a Dries Mertens para saber a opinião deles sobre a cidade e o clube. Deram-me boas impressões, mas a decisão final foi minha, tomada em conjunto com a minha família. O Romelu ficou muito feliz quando soube que eu vinha para cá. Conheço-o desde os 13 anos. Chegámos mesmo a viver juntos durante alguns meses no Chelsea. Ele conhece o treinador e a equipa, mas, como já disse, a decisão foi 100% minha e não me arrependo de nada», atirou, afirmando que ainda não falou muito com o treinador.
«Ainda não falei muito com Antonio Conte, tivemos alguns treinos e conversámos no relvado. Conheço-o do tempo em que esteve no Chelsea e no Tottenham na Premier League, apesar de na altura jogar com cinco defesas, ao contrário de agora. Sei que é um grande estratega. O facto de um treinador de tão alto nível, um dos melhores dos últimos 10 anos, me querer aqui, é um excelente sinal. Acho que posso aprender muito com ele, mas, por enquanto, só tivemos dois treinos. Ainda estou a conhecer a equipa e a observar o seu trabalho. Acredito que estarei pronto para o início da época. Vou usar o tempo até lá para perceber como trabalham o treinador e a sua equipa técnica. Devo estar pronto dentro de 5 a 6 semanas», referiu, voltando a elogiar Conte e... Guardiola.
«Ter um treinador assim é definitivamente uma vantagem. É fantástico trabalhar com ele. Treinei com Pep Guardiola durante nove anos e tive outros treinadores excelentes. Cada treinador tem o seu próprio estilo. Todos os melhores são brilhantes estrategicamente e um pouco malucos, o que também se aplica a nós, jogadores. Não acho que a equipa seja construída à minha volta. Vou contribuir com a minha experiência, mas estou aqui para ajudar a equipa a crescer. Darei 100% de mim e, com tantos jogos pela frente, será necessária a contribuição de todos. A participação do Nápoles na Liga dos Campeões é importante, porque é uma das competições mais fantásticas do mundo. Era evidente que a equipa se ia qualificar, porque estava no topo da tabela. Jogo na Liga dos Campeões há 10 anos e mal posso esperar para o fazer também com o Nápoles. Espero que tenhamos uma época forte», disse, mostrando-se feliz por ter usado o número 10, embora apenas nos treinos.
«Fiquei agradavelmente surpreendido por ter a oportunidade de treinar com a camisola 10, porque pensava que o número de Diego Maradona tinha sido retirado. Foi um gesto simpático do clube. No entanto, não acho que isso traga mais responsabilidade. Quando se joga num grande clube como o Nápoles, a pressão está sempre presente. O desejo de vencer é constante, por isso a pressão acompanha-o. O número não muda nada. Maradona é uma lenda e fez história aqui. Por isso, estou orgulhoso disto, mas eu sou De Bruyne e quero ser eu mesmo. Quero ter um bom desempenho e dar alegrias aos adeptos», finalizou.