Carlos Vicens, novo treinador do SC Braga, em teste frente ao Celta de Vigo (20 horas, Sport TV 1). FOTO SC BRAGA
Carlos Vicens aponta ao regresso aos triunfos na Liga, no seu primeiro dérbi minhoto. Foto: SC BRAGA

Carlos Vicens com ambição total para fazer «um grande trabalho» no SC Braga

Técnico espanhol deu uma grande entrevista aos meios de comunicação do clube e fala de tudo sem reservas. A satisfação com o que entrou no Minho, desde as pessoas às instalações dos arsenalistas, passando pela entrega dos jogadores nas primeiras semanas de trabalho. O grau de exigência está lá e a mensagem de esperança é clara

Encantado da vida. Assim está Carlos Vicens no SC Braga. O técnico espanhol deu, esta quarta-feira, uma grande entrevista aos meios de comunicação oficiais dos arsenalistas e não deixou nada por dizer. Da decisão que tomou em aceitar a proposta, ao espanto pela qualidade das instalações do clube, passando pelo elogio à receção que todos lhe proporcionaram e sem esquecer, claro, a entrega dos jogadores nestas três semanas.

«A verdade é que passou tudo muito rápido. Nem dás conta e já passaram três semanas. Tive uma receção espetacular por parte de toda a gente do clube. Fizeram com que os nossos primeiros dias de trabalho pareçam muito fáceis. Encontrei um grupo de rapazes com uma predisposição incrível para trabalhar no dia a dia e para tentar aplicar os nossos conceitos. A minha avaliação é muito positiva nestas primeiras três semanas. Obviamente, tivemos jogadores que foram chegando, primeiro devido a compromissos internacionais e depois por contratações, e eu também tive a oportunidade de ver os jogadores jovens, que vão estar entre a primeira e a segunda equipa, o que também é positivo. Não tenho a sensação de que tenha havido urgência ou que seja difícil implementar novos conceitos. Estou bastante satisfeito», começou por dizer.

Seguiu-se uma apreciação à nova realidade, também com nota máxima: «A primeira coisa que surpreende quando se começa a trabalhar neste clube é a qualidade das instalações. Tanto por parte da academia, como da proximidade com o estádio, bem como a quantidade de recursos. O padrão do nível de instalações que temos para trabalhar é espetacular. Quanto à cidade, é certo que já tive oportunidade de ir a restaurantes diferentes e o nível da comida, que já me tinham dito que era muito boa, realmente supera as expectativas.»

O relacionamento com os jogadores é algo muito importante para a filosofia de Vicens e isso mesmo ficou bem patente nas palavras do antigo adjunto de Pep Guardiola no Manchester City.

«Cada treinador tem a sua própria ideia, a sua identidade. A receção dos jogadores ao que tentamos implementar em cada treino, em cada jogo, é muito, muito boa. Continuamos conscientes de que existem aspetos que precisam de ser melhorados. Vimos com esta ideia e continuamos com grande entusiasmo por continuar a ajudar os jogadores a trilhar este caminho em direção ao que queremos, ao que nos queremos tornar. Teremos um mês especial, final de julho, agosto, comparado com a maioria das equipas na nossa Liga, e as circunstâncias especiais exigem preparação especial. Sabendo disso, estamos a trabalhar nessa direção e os rapazes estão a responder muito bem. Tentamos jogar em praticamente todos os momentos porque também pensamos que ao fazê-lo íamos ver o quão confortáveis eram as nossas ideias para a equipa. Defendo vivamente a importância de conhecer o jogador. Isso é fundamental. Temos de ter em conta quem treinamos. Os jogadores não são robôs que vão aplicar uma ideia e um sistema que o treinador tente obrigar. Têm a sua própria personalidade e a minha intenção é que essa personalidade, esse carácter, essas capacidades individuais que cada um tem seja potenciada pela nossa ideia de jogo», analisou.

Carlos Vicens explicou também os motivos que o levaram a aceitar este desafio, o primeiro da sua carreira enquanto treinador principal: «O que me levou a dar o passo para vir para o SC Braga é ter essa sensação. Acho que as pessoas, para tomarem decisões, devem guiar-se muito pelo que o estômago diz. E quando chegou a chamada e a oportunidade, foi isso que senti e, como tal, decidi dar o passo. Quando se toma uma decisão, não acredito que se deva olhar para trás. Temos de olhar para a frente. Obviamente, o meu nível de motivação, entusiasmo e ambição para fazer um grande trabalho aqui no SC Braga só aumenta. Estou focado no meu dia a dia para ajudar o clube, a equipa e os rapazes a consegui-lo.»

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