Canarinhos cantam mais alto em jogo 'sem' Fama (crónica)
Wagner Pina controla a bola perante a oposição de Rafa Soares (Foto António Pedro Santos/ Lusa)

Estoril-Famalicão 2-1 Canarinhos cantam mais alto em jogo 'sem' Fama (crónica)

NACIONAL01.12.202419:01

Ian Cahtro alterou o sistema e ganhou a aposta; minhotos muito abaixo das expectativas

Pouco Famalicão, o popular Fama, em campo e um bom Estoril deram três justos pontos à equipa canarinha, que aproveitou bem a paragem competitiva de 22 dias para alterar um pouco processos, respirar, ganhar alma e cantar mais alto depois dum início de temporada abaixo das expectativas dos adeptos, fruto, também, da entrada dum treinador praticamente desconhecido no lugar de alguém que já tinha conquistado o seu espaço na Amoreira, Vasco Seabra.

Mas desta vez Ian Cathro acertou e bem: alterou o sistema tático do habitual 4x3x3 para um 3x4x3 muito dinâmico, com a ala direita a estar em destaque e logo aos cinco minutos marcador inaugurado, por João Carvalho, após boa jogada pela direita de Fabrício. Aliás, este lance foi o reflexo da atitude dos homens da Linha no primeiro tempo, com jogo variado pelos flancos, pressão alta e com um Famalicão irreconhecível, tal a inoperância em construir jogadas com princípio, meio e fim e ainda com um meio-campo muito macio, com uma das estrelas da equipa, Zaydou Youssouf, num patamar muito mais baixo daquele a que se tem apresentado.

O segundo golo dos visitados apareceu de grande penalidade e por aquela altura, à meia hora de jogo, dava maior justiça ao resultado. Os minhotos pareciam uma sombra a passear pela Amoreira mas ainda conseguiram reduzir a desvantagem mesmo em cima do intervalo, fruto dum penálti desnecessário cometido por Pedro Álvaro.

O treinador famalicense, Armando Evangelista, não estava satisfeito, alterou uma pedra ao intervalo e mais três à hora de jogo mas nada mudou, com os amarelos por cima e os forasteiros com uma ligeiríssima melhoria mas sem capacidade de fazer mossa no último reduto contrário. O Estoril já não era tão assertivo mas importava controlar, um objetivo conseguido pelo treinador escocês. Do lado contrário, não mais do que cócegas na defesa canarinha. E o resultado peca apenas por escasso, tal a superioridade caseira.