Treinador do Sporting desvalorizou facto do Sporting ter registado apenas quatro remates à baliza do Santa Clara

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FUTEBOL NACIONALBALIZA A ZEROS, VITÓRIA MAIS DO QUE MERECIDA E O (TÃO) DESEJADO REGRESSO: TUDO O QUE DISSE RUI BORGES

Santa Clara-Sporting, 0-1 Baliza a zeros, vitória mais do que merecida e o (tão) desejado regresso: tudo o que disse Rui Borges

NACIONAL12.04.202521:45 • Filipa Reis

Treinador do Sporting elogiou atitude da equipa, principalmente na segunda parte, depois de ter feito um par de ajustes

- Que análise faz de um jogo que já esperava ser complicado? Melhor a sua equipa na segunda do que na primeira parte?

- Fomos a única equipa que tentou ganhar, claramente, que entrou no jogo para procurar a vitória. Foi uma primeira parte difícil, o vento a favor não ajudou, honestamente, sabíamos que íamos apanhar uma equipa com bloco baixo, que foi o que aconteceu, à espera sempre de transições e perdas de bola, não foi uma equipa que se visse à procura da vitória, mas sim do nosso erro. Tivemos uma primeira parte difícil porque tínhamos de provocar em alguns momentos a profundidade, o vento não ajudou, perdemos muitas bolas, e na segunda parte entrámos muito bem, ajustámos um comportamento ou dois que era necessário, a equipa entendeu, acreditou e nos primeiros 15 minutos entrámos muito bem, muito mais dinâmicos, depois de termos terminado a primeira parte um pouco apáticos, talvez um bocadinho em stress porque não conseguíamos furar a defesa do Santa Clara.Chegámos ao golo com mérito e naturalidade, penso que merecíamos fazer mais um golo. Nos minutos finais tentámos colocar a bola na profundidade, ganhar os duelos, mas fomos muito competentes porque sabíamos que o jogo ia ser isso, jogámos contra uma equipa que é mais faltosa do campeonato, a primeira parte foi muito isso, quebra o ritmo do jogo e o que é o raciocínio da equipa adversária, é difícil jogar contra isso, nem estou a criticar.

Treinador do Sporting analisou exibição verde e branca no terreno do Santa Clara (1-0)

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- Na segunda parte o Sporting surgiu mais solto e dinâmico. O que é que mudou?

- Jogamos com dois médios, um adaptado, é certo, que é central, e o Morten [Hjulmand] que acaba por ser um seis, e por isso é que falamos tantas vezes do Pote e do Morita, que são jogadores diferentes, pisam outros terrenos mais à frente e nós precisávamos disso. Ao intervalo pedi ao Zeno [Debast] que não é um jogador ofensivo, que subisse mais para fazer uma linha de quatro e o Morten a tomar mais decisões limpas e fomos mais agressivos no último terço.

Treinador leonino pediu que Debast ocupasse zonas mais altas e que Geny Catamo deambulasse para espaços mais anteriores

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- O Sporting acaba o jogo com apenas quatro remates enquadrados à baliza. Para uma equipa que quer ser campeã não é pouco?

- Para mim a exibição foi boa, foi top. Num campo difícil, frente a uma equipa que está a fazer um bom campeonato, onde apenas ganharam aqui quatro equipas, foi a única equipa que ganhou em Alvalade, sabíamos que ia ser difícil, jogámos contra a equipa que menos remates enquadrados deixa fazer, só por aí demonstra bem a coesão defensiva, sabíamos que íamos ter poucas oportunidades, mas as que tivéssemos tínhamos de, pelo menos, fazer um golo e não sofrer nenhum. A equipa foi incrível, competitiva, contra equipas com blocos baixos não esperem grandes jogos nem do Sporting nem de nenhuma equipas. Acima de tudo fomos muito competentes e cientes daquilo que ia pedir o jogo. Baliza a zeros e vitória mais do que merecida.

- O que acabou por ser o segredo da vitória? E o que tem a dizer quanto ao regresso de Pedro Gonçalves?

- O Maxi [Araújo] e o Iván [Fresneda] era para forçar mais a profundidade de forma vertical, sabíamos que em zonas centrais seria muito difícil, sabíamos que o Santa Clara estava à espera de perdas de bola para sair em contra-ataque, pedimos antes do jogo, não sabíamos como estaria o vento, condiciona muito, íamos tentar acionar mais a largura, tentar mais cruzamentos, mas estava difícil, tentámos três ou quatro passes longos, mas saíram sempre em demasia, mas os movimentos foram bem feitos. Percebemos que o vento condicionou a estratégia inicial com o Iván e o Maxi, na segunda tentámos ajustar em 3+1, para conseguirmos criar mais superioridades e acelerações perto da área do adversário. Quanto ao Pote, estou feliz por ele porque merece, teve uma paciência enorme dentro daquilo que foi a lesão dele, trabalhou imenso, esperou imenso por este regresso. É importantíssimo não só para mim, porque é diferenciado, mas para o grupo, ele sabe o peso que tem para os colegas. É um jogador muito exigente, mesmo quando está a ganhar é exigente, quer sempre mais. O nosso futebol merece que ele esteja dentro das quatro linhas.

Treinador do Sporting salientou paciência do criativo durante tempo de paragem de cinco meses por lesão

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- Disse que o Sporting apresentou-se como única equipa que queria ganhar. Não estará a desmerecer a prestação do Santa Clara? A primeira parte da sua equipa não será fruto da pressão que os jogadores sentem?

- A pressão dos jogadores é querem ser primeiros e, para isso, tinham de ganhar. Não desmereci o Santa Clara, foi apenas uma equipa que se preocupou em defender, e bem, e aproveitou de erros nossos, por isso é que disse que a equipa que mais procurou pegar no jogo fomos nós. São atributos do adversário, bons ou maus não sei, mas que os leva a fazer um grande campeonato, aliás foram a única equipa que ganhou em Alvalade. Sabíamos que não ia ser um jogo muito bonito, mas estou muito feliz pela capacidade da equipa, eles são incríveis.

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