Vasco Seabra quer que a equipa esqueça o jogo com o Benfica e se concentre no Estrela da Amadora
Vasco Seabra gosta que jogadores festejem vitórias e sintam derrotas
Foto: IMAGO

Arouca: Vasco Seabra não quer ninguém «a olhar para o espelho»

NACIONAL18.04.202517:00

Treinador voltou a abordar o empate com o Benfica, pede maior defesa para os árbitros e sublinha a importância de vencer o Estrela da Amadora

Na antevisão ao duelo deste sábado (18h00) com o Estrela da Amadora, Vasco Seabra deixou claro que não quer a equipa a olhar-se ao espelho depois da última exibição frente ao Benfica (2-2). Longe das polémicas, que classificou como «fait-divers», que rodearam o jogo no Estádio da Luz, o treinador do Arouca aponta antes ao tudo por tudo por uma vitória que, a acontecer, colocará os lobos com 33 pontos, a um passo de garantirem a permanência na Liga.

Um encontro diante de um adversário que está à distância de quatro pontos e que, frisa, Vasco Seabra, viaja para Arouca com a mesma ambição de pontuar.

«Vamos defrontar um adversário muito agressivo, muito intenso. Naturalmente, joga, tal como nós, com uma vontade muito grande pelos pontos. É uma equipa que tem sempre um compromisso muito grande ao jogo, durante todo o jogo. Por isso, é um jogo onde nós temos de estar na nossa plenitude, sabendo também que as duas últimas vitórias que o Estrela da Amadora conseguiu foram precisamente fora de casa. Por isso, sabemos que é um adversário que tem muita alma também, seja a jogar em casa, seja fora», destacou.

Ainda com os ecos dos elogios pela exibição frente ao Benfica a fazerem-se sentir durante a semana, Vasco Seabra preferiu valorizar a inteligência emocional do plantel.

«Nós lidamos da mesma forma com o elogio e com a crítica negativa. Temos andado a falar, um bocadinho desde o início até, sobre o nosso equilíbrio, que na euforia ou na depressão íamos querer sempre andar no equilíbrio, com uma energia grande interna e confiando muito nos nossos jogadores. A nossa proposta de jogo é uma proposta que é ambiciosa, não vou escondê-lo, é uma proposta que exige um compromisso muito grande dos jogadores e eles têm tido esse caráter inacreditável. Nós temos é de dar sequência a isso, não podemos ficar a olhar para o espelho, encantados connosco mesmos e ficarmos muito orgulhosos daquilo que fizemos sem darmos sequência àquilo que é o nosso trabalho no dia a seguir.»

«Sentimos que fizemos um bom jogo, sentimos que fomos corajosos e bravos, mas sentimos que agora temos de ser tanto ou mais, porque temos de dar o passo à frente e temos de conseguir nos cinco jogos finais, um de cada vez, enfrentarmos esta partida com uma missão muito grande e darmos sequência realmente tanto à qualidade do jogo, mas principalmente também em pontos», sublinhou.

Vasco Seabra negou ainda qualquer interferência do intenso mediatismo que rodeou a discussão sobre penálti (lance de Otamendi sobre Jason) que proporcionou o primeiro golo dos lobos no Estádio da Luz, e destacou os prejuízos que as polémicas trazem à imagem do futebol português.

«A minha equipa não sentiu isso. Eu só tenho pena que isso tenha acontecido por uma razão, porque eu acho que nós andamos sempre no fait divers e, sinceramente, acho que quando queremos falar muito disso acabamos por entrar em escrutínios que não são os melhores. Nós, infelizmente, não temos árbitros no Mundial de Clubes, por aquilo que foi noticiado, e nós temos excelentes árbitros, e se calhar muito também advém daquilo que nós, e eu também me incluo nestas críticas, porque também já tive momentos em que também acabei por dizer coisas que se calhar não devia ter dito ou ter reações que não devia ter tido.»

«Acho que todos nós temos é de olhar muito mais para o jogo, muito mais para a defesa da arbitragem, para a defesa dos jogadores, para a defesa dos treinadores e enfrentarmos muito mais isso com naturalidade, porque todos nós já cometemos erros, já tivemos erros a nosso favor, erros contra, e portanto na frieza das coisas acho que temos é de ser muito mais elogiadores do trabalho dos árbitros para que eles possam depois tomar as decisões muito mais serenos e tranquilos e conscientes em relação a isso, tal como os treinadores e os jogadores», prosseguiu.

«Por isso, é muito mais fomentar aquilo que é a capacidade que temos de lutar dentro das quatro linhas e cada um à sua maneira. Eu acho que foi um excelente jogo da nossa parte e da parte do Benfica e acho que nós acabámos por ter um empate justo no final e isso é que nos engrandece e ao mesmo tempo nos leva a sentir que só conseguimos o empate por aquilo que produzimos, por aquilo que nos dedicámos, muito mais do que aquilo que é o acessório», recomendou.

Sem vencer em casa há cinco jogos consecutivos, Vasco Seabra pretende oferecer uma prenda pascal aos adeptos.

«Nós, infelizmente, em casa, temos produzido muito e não temos tido os pontos principalmente para entregarmos aos nossos adeptos, até porque temos tido muita gente no estádio a apoiar-nos. No último jogo, com o Famalicão, apesar de termos tido qualidade de jogo, perdemo-lo. No final, os adeptos aplaudiram-nos. Isso é um sinal de união e de coesão também de nós com o público e o público connosco.»

«Isso para nós é extraordinário, ou seja, voltar a casa num sentimento de queremos fazer uma vitória, queremos agarrar-nos à vitória e aos pontos para conseguirmos continuar o nosso percurso e muito mais do que falar de permanência tem realmente a ver com a marca Arouca. E essa marca Arouca tem de ser uma marca que tem de ser olhar para cima, olhar com vontade de atingirmos o lugar que está imediatamente à nossa frente», concluiu o treinador dos lobos na antevisão ao jogo desta 30.ª jornada.

Sugestão de vídeo:

Paulo Robles, treinador, analisa o empate (2-2) frente ao Arouca, que possibilitou ao Sporting recuperar a liderança do campeonato, durante A BOLA DA NOITE
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