Grande penalidade cometida por bola no braço de Maracás foi convertida por Samu, valendo o 2-1 ao FC Porto frente ao Moreirense

A análise de Pedro Henriques à arbitragem

Num jogo com 26 faltas, 6 amarelos e com 53% de tempo útil, a equipa de arbitragem esteve bem e teve no penálti bem assinalado a decisão importante do jogo

Gustavo Correia — nota 7

18' Samu ao cair no interior da área do Moreirense, ficou a pedir pontapé de penálti, contudo na repetição fica claro que o contacto que existiu foi fora da área, e que esse contacto foi legal, corpo a corpo, sem agarrão empurrão ou carga incorreta. Decisão correta em deixar prosseguir o lance e em não assinalar qualquer infração de penálti.

23' Cartão amarelo bem mostrado a Ivo Rodrigues por uma entrada negligente em tackle deslizante lateral de pé esquerdo no esquerdo de Fábio Vieira.

31' Golo legal da equipa de Moreira de Cónegos, sem qualquer infração à lei do fora de jogo, na ocasião aquando do passe de Alanzinho para Maranhão, que acaba por finalizar e fazer o golo, este tinha entre ele e a linha de baliza dois adversários, condição base para validar a sua posição.

33' Cartão amarelo bem mostrado a Pepê por uma infração enquadrada na chamada falta tática, que é quando um jogador apenas pretende destruir e parar uma jogada sem qualquer intenção de jogar a bola, na ocasião o jogador dos dragões agarra e puxa Sidnei Tavares quase à saída do meio-campo.

36' Cartão amarelo mostrado a Dinis Pinto foi incorreto, o árbitro acabou por ser iludido pela forma aparatosa como o jogador dos dragões acabou por cair, mas com as repetições fica claro que o jogador do Moreirense não faz falta nem sequer toca no seu adversário.

40' Golo dos dragões foi legal não obstante os protestos por suposta falta, empurrão, por parte de Francisco Moura sobre Joel Barrero. Quando a bola é centrada por Fábio Vieira e ainda vai na sua trajetória aérea, o jogador portista salta na vertical sem empurrar o seu adversário, foi mais forte no contacto. O VAR confirmou a legalidade do lance e do golo.

42' Cartão amarelo bem mostrado a Eustáquio, entrou literalmente a varrer, usando o seu pé direito e tocando e rasteirando o pé direito do Ivo Rodrigues. Mais uma entrada enquadrada na negligência e passível da respetiva advertência.

68' Penálti bem assinalado por Gustavo Correia e confirmado pelo VAR, Luís Ferreira na cidade do futebol. João Mário já no interior da área faz um cruzamento da bola e Maracás por antecipação já tinha o seu braço esquerdo aberto e afastado do corpo ganhando volumetria extra e acabando desta forma por intercetar o esférico. De realçar que também foi mostrado o respetivo cartão amarelo por corte de ataque prometedor, nas infrações cometidas com a mão na área que deem origem a penálti não há a chamada «lei da dupla penalização» que baixa a sanção de vermelho para amarelo e de amarelo para nada, como foi este caso em concreto.

89'Gonçalo Borges cai na área em disputa de bola com Dinis Pinto ficando a pedir pontapé de penálti, contudo a decisão de nada assinalar por parte do árbitro e posteriormente confirmada pelo VAR foi uma decisão correta. A razão é simples é que ambos os jogadores na disputa da bola e do espaço agarram-se mutuamente e com ambas as mãos, nestas circunstâncias em que o uso dos braços e das mãos é simultâneo os árbitros nada assinalam e deixam prosseguir o jogo, como foi o caso. Boa decisão. Não há motivo para penálti.

90+2' Namaso, já na área do Moreirense, estica o seu pé direito e chega primeiro à bola tocando claramente no esférico e ato contínuo por ação do seu movimento levanta ligeiramente a sua perna e acaba por tocar em Caio Secco. O facto de ter chegado primeiro, de tocar a bola e do contacto do pé no guarda redes ter sido acidental e fortuita por ação do deslizar, são atenuantes para a cor do cartão ser apenas de amarelo, não obstante a consequência ter sido a lesão que impediu o Caio de continuar no jogo. A entrada enquadra-se na negligência e conforme descrito na lei 12 (faltas e incorreções), página 105, «… negligência significa que o jogador atua sem ter em conta o perigo ou as consequências do seu ato para o seu adversário e deve ser advertido…».

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