Martín Anselmi, treinador do FC Porto (Foto: Catarina Morais/Kapta+)

Como está o ADN do FC Porto?

'Estádio do Bolhão' é o espaço de opinião semanal do jornalista Pascoal Sousa

Martín Anselmi terá, frente ao Nacional, a possibilidade de pela primeira vez somar três vitórias consecutivas desde que chegou ao FC Porto, em final de janeiro. Com o terceiro posto a Liga virtualmente conquistado, o desafio com os madeirenses poucos mais atrativos terá para os azuis e brancos. A fasquia está tão baixa, que se os dragões vencerem ainda pode haver festa pela consolidação do projeto desportivo.

A realidade é esta: Anselmi tem ainda um caminho a percorrer até convencer o adepto do FC Porto de que sabe mais do que mostrou até ao momento. Percebe-se a dúvida. Foram 17 jogos, 9 vitórias, seis delas pela margem mínima, com exibições modestas, ao ponto de não se descortinar uma partida em que o portista comum se tenha sentido arrebatado. Com o Mundial de Clubes à porta, poderá o FC Porto ser aquele que Anselmi tem na cabeça? Não é expectável que isso aconteça, nem é justo exigir isso ao treinador.

O primeiro encontro contra o Palmeiras é a 15 junho, e mesmo que a SAD trabalhe depressa para trazer alguns reforços, não é com um estalar de dedos que essas unidades vão acolher a ideia de jogo do argentino. A teoria segundo a qual o problema do FC Porto não é o contexto estratégico e sim a qualidade da matéria-prima vai ser validada ou desmentida não na competição organizada pelos Estados Unidos, mas no arranque da Liga e da UEFA Europa League. A questão que o Mundial de Clubes pode responder é a seguinte: se o ADN FC Porto saiu ou não corrompido pelas dificuldades e desafios da época 2024/25.

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