Na entrega dos Prémios Stromp, líder leonino anuncia recandidatura à presidência do clube de Alvalade

Varandas, anúncio surpresa, Hjulmand e muito mais... Tudo o que se passou na noite de gala do leão

Líder leonino surpreendeu uma sala a rebentar pelas costuras com o anúncio da recandidatura às eleições de março do próximo ano. A boa disposição de Hjulmand, o tímido João Simões e a ambição de Eduardo Felicíssimo na 63.ª edição dos Prémios Stromp. «Esta é uma casa onde não se chora»

Noite verde e branca, com mais uma edição, a 63.ª, da Gala dos Prémios Stromp, um dos momentos mais marcantes do calendário institucional leonino, reunindo atletas de várias modalidades, dirigentes, antigos jogadores e sócios. Uma forma especial de reconhecer aqueles que, ao longo da época, mais se destacaram pela sua entrega, desempenho e identificação com os valores do clube. O nome dos prémios é uma homenagem a Francisco Stromp, uma das figuras fundadoras do Sporting, símbolo máximo de dedicação, ética e paixão pelo emblema verde e branco. 

A festa começou cedo, pouco passavam das 19h30, e prolongou-se pela noite dentro. Com muitas figuras do universo leonino presentes, 292 para sermos mais precisos, que aplaudiram, um a um, todos os 41 premiados nesta cerimónia. A peça central, o mais requisitado de uma sala a rebentar pelas costuras, foi, claro está, o líder leonino, Frederico Varandas, sempre bem disposto. O habitual discurso do presidente, um dos momentos mais aguardado da noite, era o que todos esperavam. Antes, porém, já a sala havia rejubilado com as palavras de Rui Borges, Eduardo Felicíssimo e Hjulmand.  

Do nervosismo de Rui Borges, que confessou ser mais complicado falar ali do que no balneário antes de um jogo importante, dos sonhos e ambição de Eduardo Felicíssimo e das palavras em bom português de Hjulmand, seguiu-se a mensagem do presidente. Carregada de simbolismo. E que motivou muitas reações positivas de toda a sala, naquele anúncio, em curtas palavras, que ninguém esperava. Já a olhar para março de... 2026. 

«Estamos a meio da nossa missão. E da escola de onde venho nunca se sai a meio de uma missão. Por isso iremos recandidatar-nos às eleições do próximo ano!», disse o líder dos leões, numa revelação que surpreendeu todos os presentes, com uma curta mensagem para os rivais... «Sei que têm muitas saudades daquele Sporting que não incomodava muito desportivamente. Mas esse tempo acabou e não volta! Viva o Sporting!», exclamou Frederico Varandas, num discurso que até iniciou com uma boa disposição. «Este é o 4.º prémio Stromp que recebo enquanto dirigente desde 2018 e este último é o que me dá alguma tranquilidade em casa, pois igualo os quatro que a minha mulher tem quanto atleta. Tem outro peso. Quatro de um lado, quatro do outro.» 

Após este arranque, marcado pela boa dose de humor, os muitos agradecimentos e as palavras que foram direcionadas a todos os adversários. 

«Esta é uma casa onde não se chora, não se lamenta, não se desculpa, é sim uma casa onde procuramos ser melhores todos os dias. Estou aqui a representar a minha equipa após um ano fantástico. Não há outra forma de o dizer. Uma palavra para todos os grandes atletas que estão na minha frente e que fizeram o Sporting ser ainda maior. Mas também a quem não ganhou mas que foi às finais. Não vamos ganhar sempre. É este Sporting que temos: ou ganha ou perde, tendo dignidade nas finais», atirou.  

«Hoje temos rivais fortes»

Frederico Varandas centrou as atenções no futebol, dirigindo-se à mesa forte onde estavam Rui Borges, Hjulmand e João Simões. 

Federico Varandas com Morten Hjulmand - Foto: MIGUEL NUNES

«Olho para o nosso futebol, o nosso capitão, treinador, um bicampeonato histórico, uma dobradinha saborosa, terminou como há um ano. A equipa era campeã, mas mesmo lá fora, todos se admiravam na nossa ambição de ser bicampeão. E contra todas as expetativas fomos bicampeões. Hoje temos rivais fortes, é verdade, mas também é verdade que naquele grupo, posso garantir, não há uma pessoa que não acredite que não irá lutar pelo tricampeonato», disse, dirigindo-se, depois, a Rui Borges: «Nunca é demais dizer. Que orgulho tenho no nosso treinador, sempre de cabeça levantada, cai um jogador e vem outro, também nos nossos jogadores, maravilhosamente liderados nosso capitão. Há algo que vou garantir: se há coisa que este grupo faz melhor que ninguém é lutar. Ninguém luta mais do que eles. Vão lutar até ao fim, com tudo, até ao último segundo. Não vamos lutar contra tudo nem contra ninguém. Vamos lutar pelo Sporting, apenas pelo Sporting tricampeão», reforçou. 

A terminar, Frederico Varandas também destacou os feitos fora da vertente desportiva.  

«Este foi um ano marcante também no investimento nas requalificação das infraestruturas do estádio. A primeira fase está concluída, vamos dar início à segunda e ao Alvaláxia. Uma obra de grande dimensão, uma das mais marcantes da história do Sporting. Será transformadora e colocará Sporting noutro patamar», garantiu, terminando, depois, com mais um desabafo. 

Futebol bem representado na noite de gala do leão - Foto: MIGUEL NUNES

«Têm sido anos bons, este fantástico, o Sporting vive hoje uma das melhores fases da sua história. Que orgulho é hoje ser Sporting e viver Sporting. Forte, corajoso, que não treme, e que pode chegar ao Natal a 5 pontos, mas que todos sabem que vamos estar lá na luta. Pelo crescimento nunca antes visto na massa associativa, num clube enquanto estrutura, cada vez mais vital, mais forte e pujante. Muito já foi alcançado e conquistado mas não chega. Queremos continuar a crescer e a vencer. Mas vencer sempre, sempre com princípios, dignidade e ética. Mas não só com palavras. Também nos atos», finalizou.