«Vão ter novidades em breve, grandes coisas vão acontecer...»

O empresário Jorge Mendes, proprietário da Gestifute, deixou, esta segunda-feira, antever mais negócios mirabolantes e transferências surpreendentes e chorudas no defeso que está a começar (e mercado, até 31 de agosto) para o futebol português, revelando, em Viana do Castelo, onde recebeu o Prémio Mérito Internacional do Clube Nacional da Imprensa Desportiva (CNID) que o seu telefone já tocou, com responsáveis de alguns emblemas a perguntar por alvos do mercado e a pedir ajuda em negociações mais complicadas.

«Na calha para lançar quem, de novos talentos, este verão? Todos os anos, os clubes portugueses sabem que podem sempre contar comigo! E estarei sempre preparado para tentar resolver todos os problemas das equipas portuguesas. Todos os anos tem acontecido o mesmo. Estou preparado, de novo. Já estou em contacto com alguns desses clubes. Serão eles a decidir quem sai ou quem fica», ressalvou Jorge Mendes, embora, e numa cerimónia protocolar feita por jornalistas, e portanto em grande número, a insistência tenha produzido resultados.

«Vão ter novidades em breve porque grandes coisas vão acontecer. Grandes negócios vão acontecer! Quais? Não vos posso revelar. Alguns deles, vocês já ouviram falar, de um outro. Se o mercado árabe ou asiático pode ser o futuro? Não sei o que vai acontecer nesses mercados, por enquanto. Neste momento, o mais importante é o mercado europeu. Mas acredito que possam fazer um bom trabalho no futuro nesses mercados, vamos esperar para ver», foi a ‘dica’ deixada pelo agente de jogadores mais consagrado no planeta, em Viana do Castelo, inspirado pelo ambiente que lhe é, afinal, familiar.

«É um lugar muito especial para mim: vivi em Viana do Castelo dez anos! Tenho aqui muitos amigos e guardo muitas boas recordações. É uma honra e orgulho para mim este reconhecimento [do CNID]. Não estava à espera, e ainda para mais aqui, em Viana do Castelo! Muito bem», agradeceu Jorge Mendes aos jornalistas, na despedida, não sem antes prometer que vai continuar a fazer o que nos habituou: negócios de sonho.

«Se me sinto um ‘superagente’? Eu não! Eu sinto é que tenho de trabalhar todos os dias para conseguir alcançar os meus objetivos. É o que tenho de fazer e o que tenho feito e vou ter de continuar a fazer ano após ano, enquanto houver saúde», concluiu o fundador e dono da Gestifute, que só declinou alongar-se em comentários sobre as buscas no âmbito da ‘Operação Penálti’, no dia 19 do corrente mês, em que a empresa foi uma das 33 pessoas ou empresas visitadas pelos investigadores.

«Como vejo as investigações do Fisco? Não vou falar sobre isso. A única coisa importante é separar o trigo do joio», rematou Jorge Mendes.