Stephanie Ribeiro: «Chegar aos quartos de final do Euro é um objetivo»
Stephanie Ribeiro nasceu em Rhode Island, nos Estados Unidos, mas as raízes portuguesas maternas precipitaram um casamento improvável com a Seleção Nacional. Aos 30 anos, a avançada do Pumas estreou-se pela equipa das Quinas com um golo diante de Malta (3-1), a 16 de julho de 2024.
Um ano depois, a goleadora figura na lista de 26 atletas pré-convocadas por Francisco Neto para o Campeonato da Europa e alimenta o sonho de concretizar um objetivo de carreira. Apesar de nunca ter jogado em Portugal, esta época apresenta um cartão de visita invejável que a coloca à porta do sonho: 25 golos marcados em 32 jogos disputados.
Em entrevista a A BOLA, Stephanie Ribeiro demonstra ambição para o Campeonato da Europa, explora as ligações a Portugal e pisca o olho ao futebol português.
-Foste convocada sem nunca teres jogado em Portugal. Como é que isso aconteceu?
-o treinador viu que estava a ter uma boa temporada no México, contactou-me e continuo aqui.
-Logo na primeira internacionalização estreou-se a marcar...
.Foi incrível, a melhor sensação que já tive em campo. Nem consigo traduzir isso em palavras, foi incrível.
- Neste momento o grupo conta com 26 elementos, mas ainda vai ser reduzido para 23. Como é que se gere a incerteza sobre quem vai ser cortada?
-É difícil, mas ainda temos mais alguns dias e acho que o estágio está a correr bem, todas são muito competitivas. O treinador tem um trabalho difícil (risos).
-A lesão da Carolina Mendes impulsiona as chances de figurar na lista final?
-Não penso nisso, espero apenas que ela tenha uma recuperação rápida. O qur a acontecer, aconteceu, mas a minha mente não está aí.
-Quais são os principais objetivos para Portugal neste Europeu?
-Competir e passar a fase de grupos. Já fomos lá duas vezes e agora qualificámo-nos de novo. É só continuar a avançar e tentar melhorar. Chegar aos quartos de final é um objetivo.
-A prestação na Liga das Nações que culminou na descida à Liga B pode baixar as expetativas?
-Os adeptos são muito leais e vão continuar a apoiar-nos. O espírito da equipa não piorou, estamos motivadas e queremos somar vitórias.
- Jogar com a Bélgica e com a Espanha pela terceira vez em menos de um ano pode ser benéfico?
- É positivo, na Liga das Nações não conseguimos os resultados que queríamos, mas vamos aprender e fazer o nosso melhor no Euro.
- Qual é a sua ligação mais forte a Portugal?
- A minha mãe nasceu em Chaves e depois mudou-se para os Estados Unidos com a família. Depois eu nasci lá
- Consegue acompanhar o futebol português no México?
- Os meus tios são grandes fãs do FC Porto, por isso sei o que se passa.
- Jogar em Portugal é um objetivo?
- Talvez eventualmente, mas agora estou a aproveitar o México. É muito profissional, a liga está a crescer. Tenho mais anos de contrato com o Pumas, mas quem sabe o que o futuro reserva.
- Cresceu nos Estados Unidos e formou-se na Universidade. Qual foi a influência que isso teve no seu percurso como jogadora?
- Ajuda profissionalmente. Dá-te mais tempo para aprender sobre o jogo e o conhecer o corpo. Aprendi muito e ganhei diversos recursos ao ir para a Universidade de Connecticut. Permitiu ganhar experiência.
- Aos 31 anos, tem algum objetivo de carreira por cumprir?
- Estar no Europeu (risos).
- E jogar na Champions League?
- Talvez, mas neste momento estou com os olhos postos no Euro. Um passo de cada vez.