Sporting: A resposta, o (quase) silêncio sobre o mercado e os jogos que menos stressam (tudo o que disse Rui Borges)
— Qual a sua reação ao sorteio da Champions. Que espera do FC Porto, que está transformado em relação à época passada. Acha que parte à frente por estar há mais tempo à frente da equipa do que Farioli?
— O sorteio é o que é. Estou feliz por desfrutar desta competição da melhor forma, honrar o Sporting e tentar fazer o melhor possível jogo a jogo, com muita paixão e vontade de fazer coisas boas. Em relação ao FC Porto, não acho que eu parta à frente por estar há mais tempo no Sporting. Já deu para desvendar um pouquinho com atuam. É uma equipa fiel ao seu estilo de jogo, muito vertical, um jogo agressivo com bola e a nível defensivo forte nos duelos. Fisicamente tornou-se mais forte, temos de estar preparados para os duelos, para equilibrar essa parte em termos físicos para impormos o nosso jogo. São duas equipas que estão confiantes, que jogam bem, mas que seja um grande jogo perante os nossos adeptos.
— St. Juste está na porta de saída do Sporting, será convocado? E Harder, mesmo estando nas mesmas condições, continua a lutar pela titularidade nos treinos, estará para jogo?
— O St. Juste não estará no jogo, o Conrad [Harder] é jogador do Sporting e estará.
— O que espera de Ioannidis, que está muito perto de se tornar jogador do Sporting? Viu Harder como natural substituto de Gyokeres?
— Ioannidis não foi apresentado pelo Sporting, conto com o Luis [Suárez] e com o Conrad [Harder], estou feliz com os dois. Depois, tudo depende da estratégia, do adversário, nada mais a acrescentar.
— Este é o segundo jogo da época perante um adversário direto, depois de ter perdido a Supertaça para o Benfica. Retirou alguma lição dessa partida? Quais as diferenças neste FC Porto de Farioli?
— A Supertaça foi um jogo diferente, é um adversário diferente. Em relação ao FC Porto, no que é a parte da intensidade, temos de igualar. Mas depende também das escolhas do FC Porto em termos de jogadores. Temos a qualidade técnica para nos sobrepormos a essa capacidade física do FC Porto, estamos habituados a equipas que procuram os duelos, a marcação homem a homem. Tanto uma equipa como a outra são pressionantes, gostam de ter bola, com qualidade de jogo muito boa. Será um bom jogo.
— Como está a situação dos lesionados Diomande, Maxi Araújo e Morita? Acha que o FC Porto fica mais fragilizado sem Pepê e Samu? Que estratégia terá para parar Luuk de Jong?
— Estão os três fora deste jogo. Acredito que o Samu vai jogar em vez do De Jong. O FC Porto tem muitas soluções, o seu presidente disse que ia ser o mercado mais caro de sempre do clube e isso ficou bem explícito. Tem muitas soluções, muita qualidade, tem grande jogadores capazes de dar resposta, o De Jong dá umas características, o Samu dá outras, mas olho mais para o coletivo. Mas o FC Porto não está fragilizado, deu grande resposta no último jogo, mas acho que vai jogar o Samu.
— Espera um FC Porto ainda mais pressionante do que o normal?
— A ideia de jogo nunca muda. Pode haver um ou outro comportamento, perante o adversário, mas acredito que o FC Porto, e pelo que vamos conhecendo do novo treinador, não vai abdicar da sua ideia. Acredito que vai ser uma equipa pressionante. Cabe-nos contrariar essa pressão
— Na parte do favoritismo, quem julga que parte à frente? No jogo com Nacional, o golo dos madeirenses foi de bola parada e houve ainda mais dois lances de perigo nessa componente. Sem Diomande, como vai contrariar este fator?
— Podia dar-nos um bocadinho de favoritismo , porque jogamos em casa. Acredito sempre que os nossos adeptos possam fazer a diferença na balança. Que nos transportem a força deles, tal como aconteceu na época passada e que nos levou a ser bicampeões. Em relação às bolas paradas, é natural termos sofrido um golo... Em 22 jogos sofremos três golos em bolas paradas. Na época passada fizemos 14 golos de bola parada, por isso eu percebo que quem está desse lado vai buscar sempre aquilo que é acontecimento do jogo. O Nacional naquele momento foi mais forte que nós, teve a capacidade de o ser. Por isso, não muda em nada aquilo que tem sido o nosso trabalho. Temos sido muito competentes em todos os momentos do jogo, por isso é que fomos os melhores, equipa com menos golos sofridos, equipa com mais marcados. Assim, é normal que em algum momento vamos sofrer um golo de bola parada, tanto nós como o adversário. Agora, sabemos que o adversário também, é uma equipa forte nas bolas paradas ofensivas, em três jogos tem três golos, ganhou milímetros em termos individuais; sabemos tudo isso. O Nacional naquele momento teve essa capacidade, mas isso não muda em nada o nosso trabalho. É normal que soframos algum golo numa bola parada. O momento defensivo e a bola parada tem a ver com concentração, rigor... Sabemos tudo isto, mas o nosso foco não mudou porque sofremos um golo. Ao longo do tempo, temos sido muito competentes. Com a maior das sinceridades, perdemos o Diomande. É um homem forte nesse momento, mas temos de nos adaptar.
— Fala-se de Jota Silva, Yeremay e Konstantelias como jogadores que ainda podem chegar. O que espera até segunda-feira? Em sentido inverso, têm sido constantes as notícias das saídas de Esgaio e Matheus Reis. Conta com eles?
— O Matheus Reis e o Esgaio estão no plantel e conto com eles. Não estou a pensar na segunda-feira, mas no jogo de amanhã. Queremos ir para a pausa com uma vitória. Sabemos que será bastante difícil e que vai exigir mais do que temos dado. É esse o meu foco.
— Depois do Benfica, amanhã terá pela frente novo adversário direto, o FC Porto. Será necessário dar uma resposta diferente?
— É importante dar resposta em todos os jogos, mas estamos na quarta jornada, não vai definir nada do final da época. Estes são os jogos que menos me stressam. Será competitivo, um bom jogo, mas seguimos o nosso caminho, queremos ser fortes perante os nossos adeptos e queremos continuar a vencer.