Luís Conceição - Foto: FPF
Luís Conceição - Foto: FPF

Selecionador antevê estreia no Mundial: «É extremamente importante entrarmos bem»

Luís Conceição e Ana Azevedo, capitã da Seleção feminina, perspetivaram duelo com a Tanzânia

A Seleção Nacional feminina de futsal faz a estreia no primeiro Mundial no domingo, pelas 6.30 horas de Portugal continental, frente à Tanzânia. Luís Conceição, selecionador nacional, destacou a importância de se ir «libertando» um pouco a ansiedade. 

«Com o aproximar da competição, o mais importante é ir libertando um pouco esta ansiedade que possam ter. O trabalho da parte da estratégia está feito; agora, é libertar: que venha o primeiro jogo, é o mais importante. Este é o nono dia que cá estamos, a malta agora quer é jogar, e tirar essa pressão de cima delas é o mais importante. Entrar, tornar as ações fáceis, para as coisas nos irem correndo bem», referiu, em declarações divulgadas pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), analisando o primeiro adversário de Portugal. 

Luís Conceição - Foto: FPF

«Estrategicamente, alteram um pouco. O grupo de atletas que está na fase final é muito diferente daquele que fez o apuramento. Em termos de comportamentos coletivos, não deverá fugir muito. É uma equipa que vai levar o jogo para a sua dimensão, que é muito física; vai torná-lo, por vezes, caótico, desorganizado, e uma das nossas missões é não deixar que caminhe para aí; levá-lo para o caminho que nós queremos. Esse vai ser o nosso grande desafio, controlarmos o jogo e tê-lo sempre como nós queremos, sabendo que há momentos em que pode caminhar para aí, e temos de estar preparados, quando isso acontecer», apontou. 

Para Luís Conceição, é importante começar a vencer logo no primeiro jogo. 

«Neste tipo de competições, e sendo esta a primeira, é extremamente importante entrarmos bem. Se entrarmos logo a fazer golos, elas vão-se libertando e as coisas, naturalmente, vão acontecendo. Jogando bem, é meio caminho andado para, com a qualidade individual das nossas atletas, com o nosso coletivo, a nossa organização, as coisas poderem levar o rumo que queremos e, no final, estarmos muito satisfeitos com o resultado. Há momentos em que não vamos conseguir estar como queremos, mas, como nós dizemos, não se passa nada; a seguir, há outra jogada, já estamos dentro do jogo e seguimos em frente», disse. 

«Esta tranquilidade tem de ser passada para elas, porque é o mais importante para, depois, as coisas poderem acontecer, dentro do campo; dentro dos 40x20m, aí é que elas têm de brilhar. Elas têm estado muito bem. Nestas semanas, em Portugal e aqui, nas Filipinas, têm tido um comportamento fantástico, exemplar. Quando vimos com muito tempo de antecedência, cria-se esta expectativa», completou. 

«O mais importante é começar bem»

Ana Azevedo, capitã da Seleção, deu conta do espírito que se vive no grupo de trabalho. 

Ana Azevedo - Foto: FPF

«Estamos concentradas naquilo que temos para fazer e a desfrutar. É o primeiro Mundial e todas estamos muito orgulhosas por aqui estar. Tentamos trabalhar ao máximo, naturalmente, e também desfrutar do facto de aqui estarmos. Estamos ansiosas pelo começo, mas isso também faz parte. Estou muito feliz por estar aqui e sei que cada uma delas também está. Temos a responsabilidade de representar tantas outras que poderiam estar no nosso lugar, aquelas que lutaram, lá atrás, mas, acima de tudo, sem ter esse peso, há que desfrutar do que estamos a viver. É o que tento passar a cada uma delas, até porque, se formos para dentro do campo felizes, de certeza que tudo sairá melhor », comentou, alertando para os perigos da Tanzânia. 

«Vai ser um jogo um bocadinho partido, desorganizado, mas, cabe-nos ultrapassar isso. Sabemos os pontos fortes delas, há que tentar impor o nosso jogo. O mais importante é começar bem e é nisso que estamos focadas», atirou. 

Portugal qualificou-se para o Campeonato do Mundo Feminino de Futsal, em março, na Ronda de Elite que definiu os representantes europeus entre os 16 participantes na fase final.