Sainz admite: «Duas paragens? No Mónaco manipulámos a corrida»
Carlos Sainz foi um dos maiores críticos da regra obrigatória de duas paragens nas boxes imposta no Grande Prémio de Mónaco da Fórmula 1. O espanhol da Williams sentiu que era muito fácil aos pilotos manipularem a situação ao desacelararem o suficiente para criar intervalo suficiente que permitisse ao colega de equipa trocar pneus sem perder posições.
Os dois pilotos da escuderia britânica trabalharam juntos para atrasar o segundo pelotão e puderam parar sem perder posições, o que permitiu que tanto Carlos Sainz como o tailandês Alexander Albon pontuassem no Mónaco.
«Em última análise, pilotamos dois ou três segundos abaixo do ritmo normal do carro e estamos a manipular a corrida e, um pouco, o resultado. No Mónaco, é muito fácil fazê-lo. Em outras pistas, com DRS e retas longas, já não é possível. No entanto, hoje foi muito fácil para todos», afirmou Sainz, após a corrida.
Quem não terá ficado muito contente foram os dois pilotos da Mercedes, George Russell e Andrea Kimi Antonelli, que seguiam logo atrás num circuito em que praticamente não há ultrapassagens. Frustrado, o britânico ainda cortou a chicane para passar à frente de Albon, assumindo, na comunicação com o seu engenheiro de corrida, que preferiria receber o castigo do que devolver a posição.
«Entendo perfeitamente porque fez isso, porque eu quase o fiz», admitiu Carlos Sainz, depois de Russell ter recebido uma penalização de drive-through nas boxes, o que dez com que perdesse bastante tempo. «No passado, havia castigos pesados por se manipular uma corrida. Em última análise, não estamos a bater, mas estamos a conduzir tão devagar que a estamos a manipular.»
Liam Lawson e Isack Hadjar, da Racing Bulls, também trabalharam juntos no mesmo sentido, com o neozelandês a criar uma distância de segurança para o seu colega de equipa. O francês perdeu apenas duas posições quando parou para trocar para pneus macios e acabou a corrida em sexto lugar. Lawson também pontuou, com o oitavo posto.