«Sabem que perdoo erros como os do Dahl e do Tomás, mas não aceito faltas de concentração»

José Mourinho, treinador do Benfica, fez a antevisão ao jogo com o Farense, a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal.

— Com o Atlético criticou duramente os jogadores, como está a preparar a atitude dos jogadores em relação ao jogo?

— Esse jogo marcou uma viragem na nossa equipa, cada vez mais nos conhecemos. Eles sabem que perdoo de coração o erro do Dahl com o Bayer, do Tomás com o Casa Pia, mas há coisas que não aceitarei, que é a redução nos níveis de concentração, é das coisas que nunca consegui ultrapassar. Tivemos dificuldades em Chaves, depois com o Atlético, agora não nos podem apanhar de surpresa, temos de ser capazes de responder. Não tem sido fácil na taça, 3 jogos consecutivos fora. Temos de continuar em frente.

—Ao longo da sua carreira ficou conhecido pelo mindgames, o discurso a seguir ao jogo com o Atlético teve como alvo a própria equipa? É uma forma de tirar rendimento do plantel?

— Desculpe lá, mas acho que o que me tornou conhecido foram os títulos que ganhei e não dizer umas bacoradas de vez em quando. Falar com imprensa é um modo de chegar aos jogadores, mas antes de ter falado convosco já falei com eles ou vou falar – o que disse a vocês foi o mesmo que disse aos jogadores no intervalo. São coisas muito objetivas. Não se tratou de um approach diferenciado ao nível mental. Os estados de graça acabam e os momentos de grande dificuldade também acabam. Tudo tem um fim. Agora que vivemos um bom momento temos de ter esta capacidade e força mental de querer sempre mais. Queremos continuar nos bons resultados e a jogar bem.